Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Denúncia

Vereadores votam abertura de Comissão Processante contra prefeito e vice de Assaí na segunda-feira

Rafael Machado - Redação Bonde
06 mai 2017 às 12:10

Compartilhar notícia

siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

A sessão da Câmara Municipal de Assaí na próxima segunda-feira (8) promete ser tumultuada. A partir das 19h, os nove vereadores irão votar a abertura ou não de uma Comissão Processante (CP) contra o prefeito da cidade, Acácio Secci (PPS), da vice-prefeita Inês Koguissi (PPS) e da filha dela e também vereadora do município, Michelle Matie Morikawa (PPS). A acusação é de que o trio teria cometido improbidade administrativa ao oferecer emprego a uma mulher para que esta fosse candidata ao cargo de vereadora na chapa "Assaí para Todos", a mesma dos investigados.

De acordo com o Ministério Público, o pedido foi feito apenas para que ela preenchesse o quórum mínimo para vagas femininas no grupo político. A solicitação para que o prefeito seja investigado foi protocolado no dia 28 de abril na Câmara Municipal pelo advogado Pedro Alberto Alves Maciel. A denúncia foi embasada com informações colhidas em um processo que corria publicamente na Vara da Fazenda Pública de Assaí. Agora, a Justiça decretou sigilo. "Agi como cidadão. Acredito que a Comissão Processante será aberta pelos vereadores", disse Maciel.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


Conforme o MP, o prefeito, a vice e a vereadora disponibilizaram um cargo à Andreia da Silva Araújo no Hospital Municipal de Assaí. Em troca, ela deveria repassar informações falsas em depoimento ao promotor eleitoral. Ele iniciou as investigações sobre o caso após constatar que a denunciante, lançada como uma das canditatas à vereadora pela chapa 'Assaí para Todos', não obteve nenhum voto nas eleições realizadas em 2016.

Leia mais:

Imagem de destaque
PR-445 e PR-323

Lote 3 das novas concessões terá rodovias estaduais duplicadas entre Londrina e São Paulo

Imagem de destaque
Avaliação seriada

UEM aplica provas do PAS para quase 24 mil estudantes neste domingo

Imagem de destaque
Maior felino das Américas

Itaipu celebra Dia Internacional da Onça-pintada

Imagem de destaque
Bloqueio total do tráfego

BR-376 em Sarandi será interditada neste domingo para obras do novo viaduto


O MP desconfiou da situação por conta de normas estabelecidas pela Justiça Eleitoral de que cada partido ou coligação deve preencher a cota mínima de 30% e máxima de 70% para candidaturas de cada sexo. A determinação está incluída no artigo 10 da Lei 9.504/97. O descumprimento, conforme a legislação, culmina no indeferimento do registro da chapa.

Publicidade


A denúncia narra que Andreia da Silva Araújo, candidata pelo Partido Ecológico Nacional (PEN) na chapa formada, além do PPS, por PTB, PSL e PSD, prestou depoimento ao Ministério Público no dia 3 de março deste ano. Na ocasião, ela confirmou que a candidatura era 'fictícia' e lançada apenas a pedido do prefeito Acácio Secci. Em relatos ao MP, a denunciante recebeu um aviso 'de que não precisaria gastar nada e nem realizar nenhum ato de campanha, o que de fato ocorreu.'


O assunto teria sido discutido em 1º de março, ou seja, dois dias antes do depoimento no Ministério Público, em uma reunião agendada pela vice-prefeita e a vereadora Michelle Morikawa com Andreia, que teria sido intimidada a não contar a verdade ao promotor eleitoral. Se isto acontecesse, a coligação 'Assaí para Todos' poderia ser prejudicada nas eleições. "Me ofereceram o emprego no hospital, mas eu não quis. Queriam que eu omitisse os fatos", contou durante as declarações no MP.

Publicidade


A recusa de Andreia teria gerado um 'grande desconforto' nos investigados. A insatisfação teria sido tamanha que o prefeito Secci afirmou que 'não daria nada' para a denunciante. Uma hora depois, a vice-prefeita teria convocado um novo encontro na sede da prefeitura sem a presença de Andreia. No entanto, o irmão dela, Silvande Álvares Kataoka, foi convidado. O prefeito também participou da discussão, marcada pela insistência 'de Andreia aceitar em mentir durante relato ao MP para não prejudicar a chapa'.


No dia seguinte, a vice-prefeita teria ligado diversas vezes para o celular de Andreia. O irmão dela também tentou ser convencido pela vereadora Michelle Morikawa, que teve a conduta reprovada no documento protocolado pelo advogado Pedro Alberto no Legislativo de Assaí. "A situação se torna ainda mais reprovável na medida que sua função é de fiscalizar, garantir aquilo que é moral".

Publicidade


Segundo o presidente da Câmara Municipal, Amarildo Aparecido Correa (PSB), a votação será aberta à população e todos os vereadores irão participar. Na pauta da sessão de segunda-feira, há poucos projetos que serão apreciados. No entanto, segundo Correa, "a denúncia será acatada com urgência". Procurado pela reportagem, o prefeito Acácio Secci disse que foi orientado pelos advogados a não se pronunciar sobre a denúncia.


A vice-prefeita Inês Koguissi e a vereadora foram contactadas e ressaltaram que 'são idôneas'. Em entrevista, Michelle Morikawa afirmou que 'a denúncia foi motivada por uma perseguição política que nós temos sofrido aqui em Assaí. Quando o Acácio entrou na prefeitura, ele provocou o descontentamento em muita gente. Ganhamos a eleição com dignidade", disse. Ela preferiu não comentar sobre as acusações feitas por Andreia ao Ministério Público.

Sobre o autor da denúncia na Câmara de Assaí, Michelle disse que 'está entristecida e intrigada' com a atitude do advogado Pedro Alberto, já que 'sempre manteve bom relacionamento com ele'. A vereadora concluiu dizendo que 'essas mentiras vieram de pessoas que não nos querem na política. Estamos sofrendo uma represália".


Publicidade

Últimas notícias

Publicidade
LONDRINA Previsão do Tempo