A PF (Polícia Federal) deflagrou na manhã desta quinta-feira (30) uma ação para combater um grupo criminoso que aplicava golpes contra a Caixa Econômica Federal para obter de maneira fraudulenta empréstimos consignados. Denominada de Operação Ventríloquo, foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão em endereços em Londrina e Ibiporã.
A investigação apura crimes de estelionato praticados por um grupo de pessoas que reside na região de Londrina. O trabalho começou há cerca de um ano quando duas mulheres foram presas em um agência da Caixa Econômica Federal em Cornélio Procópio. As estelionatárias tentavam obter um empréstimo consignado utilizando documentos falsos em nome de terceiros. Durante as investigações, a polícia também desobriu outros crimes praticados pelo grupo em cidades como Sarandi, Jaguapitã e Apucarana.
Até o momento, o prejuízo causado à Caixa Econômica Federal passa dos R$ 800 mil.
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Segundo a PF, o modus operandi dos criminosos consiste na utilização de documentos de identidade e comprovantes de endereço falsos para a abertura de contas bancárias em agências da Caixa Econômica Federal. Depois de alguns dias, eles solicitam empréstimos consignados, sendo que, após creditados nas contas falsas, eram transferidos imediatamente para contas bancárias de comparsas e, na sequência, os valores em sacados em espécie.
Os indícios apontam para a existência de um núcleo principal que coordena as ações, responsável por identificar beneficiáros previdenciários e por arregimentar comparsas. Eles falsificam os documentos das vítimas utilizando as fotografias dos comparsas, que fazem a abertura das contas e solicitam os empréstimos consignados. De acordo com a polícia, na maioria das vezes esses comparsas são acompanhados dos integrantes do núcleo principal nas ações praticadas nas agências bancárias e instruídos sobre como devem atuar.
Além das pessoas que integram o núcleo principal e das que são cooptadas para a abertura das contas bancárias, existem ainda aquelas que emprestam suas contas bancárias para que os valores decorrentes dos empréstimos sejam transferidos, sacados e entregues aos líderes do grupo criminoso.
A PF detalhou que a operação foi denominada de Ventríloquo porque, na maioria dos casos, uma pessoa mais jovem se passava por filha ou afilhada da suposta titular da conta e do benefício previdenciário, que seria uma pessoa mais velha e que, às vezes, simulava dificuldade de locomoção. Essa pessoa mais jovem comparecia nas agências bancárias com a finalidade de ajudar o parente a obter o empréstimo, ou seja, “falava” por aquela pessoa.
