A Justiça condenou a 18 anos e sete meses de prisão o segundo-tenente Alberto Silva Santos e o taxista Alexsandro Ribeiro acusados de participação no atentado contra a Promotoria de Investigações Criminais (PIC), em 29 de dezembro do ano passado. Na mesma sentença, dada anteontem pelo juiz da 2ª Vara Criminal de Curitiba, Sérgio Polanski, outros dois acusados de envolvimento - o sargento Ademir Leite Cavalcanti e o disc-jóquei Emerson Vieira - foram absolvidos. O promotor Licínio Corrêa de Souza deve recorrer da absolvições.
Alberto Santos e Ribeiro foram condenados por invasão de prédio público, incêndio doloso, cárcere privado, roubo e destruição de documentos. O incêndio que destruiu o prédio da PIC aconteceu logo depois da passagem da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Narcotráfico pelo Paraná. A CPI investigava o envolvimento de policiais com o tráfico de drogas.
Cavalcanti, que ficou preso por quase um ano no decorrer do processo, foi solto anteontem. O sargento disse que agora vai se reunir com o advogado que fez a sua defesa, Peter Amaro de Sousa, para decidir se caberá uma ação pedindo indenização por conta do tempo que ficou detido. "As provas são claras de que ele não teve participação", declarou Sousa.
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Cavalcanti garantiu que vai acionar judicialmente o ex-integrante do Grupo Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gerco), cabo João Luiz Szczepanski, autor da denúncia contra ele. Mês passado, o Conselho Disciplinar da Polícia Militar já havia livrado Cavalcanti das acusações. No próximo dia 27, o sargento irá se apresentar no 13º Batalhão, corporação onde é lotado. Apesar de aliviado com a decisão judicial, o sargento ainda teme perseguições.
Esta semana devem ser julgados o advogado Antônio Pellizzetti, o policial civil Mauro Canuto e do segurança Marcos Aurélio Pinho também acusados de envolvimento.