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Prejudicial à saúde

Bebidas falsificadas eram feitas com álcool combustível

Redação Bonde
15 out 2007 às 21:09

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A polícia procura outros integrantes da quadrilha que falsificava bebidas alcoólicas em três estados do país. A operação já levou à cadeia oito pessoas – cinco no Rio de Janeiro, duas em São Paulo e uma no Paraná – e resultou na apreensão de centenas de caixas de uísque, vodka e champanhe, a grande maioria imitando marcas caras e famosas.

As bebidas falsificadas eram fabricadas na cidade de Araruama, na Região dos Lagos do Rio, e vendidas para restaurantes, boates, hotéis e grandes eventos. De acordo com as informações passadas à polícia pelos investigados, as misturas eram feitas de corantes e álcool hidratado, do mesmo tipo vendido em postos de combustíveis.

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O chefe de Polícia do Rio de Janeiro, Gilberto Ribeiro, afirmou nesta segunda-feira (15) que o próximo passo é verificar se houve participação dos funcionários dos estabelecimentos comerciais na compra das bebidas, que por conter álcool combustível – composto por metanol - pode prejudicar a saúde e levar a problemas graves, chegando à cegueira. "Os crimes podem levar a uma pena de 29 anos de prisão e se ficar provada má fé dos que compraram, também vão responder judicialmente".

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Segundo Ribeiro, alguns dos envolvidos contaram que já estavam trabalhando no ramo de bebidas há 15 anos. Os rótulos, as caixas e o lacre do Imposto sobre Propriedade Industrial (IPI) eram produzidos em uma gráfica montada na casa de um dos envolvidos, na cidade de Maringá (PR). Através de um computador apreendido, a polícia espera rastrear os negócios da quadrilha, chegando a mais participantes.

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O titular da Delegacia de Repressão aos Crimes contra Propriedade Imaterial (DRCPIM), delegado Ângelo Ribeiro de Almeida Júnior, disse que todos os que compraram as bebidas falsificadas serão chamados a depor.


A delegada substituta da DRCPIM, Valéria de Aragão Sadio, informou que o volume total de dinheiro movimentado pela quadrilha ainda está sendo apurado, mas eram altas somas de dinheiro. Ela revelou que só um dos integrantes considerado de nível mais baixo da organização, responsável pela tarefa de arrecadar garrafas vazias, recebia R$ 1,5 mil por semana.


Garrafas - Também em Maringá, a policiais da 9ª Subdivisão do Paraná cumpriram um mandado de busca e apreensão em uma casa, onde foram encontradas 291 garrafas vazias e 53 tampinhas de diversas marcas de uísques, além de 38 caixas vazias. O proprietário da residência foi levado para a delegacia da cidade, onde prestou depoimento e foi liberado. Seu nome não foi divulgado. Segundo a polícia as garrafas eram enviadas para Mauricio Carvalho, em São Paulo, há cinco anos. O homem alegou que não sabia que as garrafas eram usadas para a falsificação de bebidas. Ele afirmou ainda que as garravas seguiam para São Paulo com a finalidade de serem recicladas.

De acordo com a polícia, as garrafas vazias eram compradas em festas por R$ 1 e eram revendidas para Carvalho a R$ 2 ou R$ 3. O homem que foi levado para a delegacia de Maringá é promotor de eventos na cidade. Brandão informou que Policiais do Rio de Janeiro devem chagar à Maringá até quinta-feira (18) para buscar o material apreendido.


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