O jornalista Anderson Leandro da Silva, de 38 anos, foi enterrado na manhã desta sexta-feira (19) no cemitério da Lapa, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC). Ele estava desaparecido desde o último dia 10, quando saiu da empresa Quem TV, onde trabalhava, dirigindo um veículo Kangoo Renault.
Segundo a polícia, o corpo de Anderson foi encontrado em um matagal na cidade de Quatro Barras, também na RMC, na tarde de quinta-feira (17), com marcas de facadas. O acusado de cometer o crime é Henrique Weslley Oliveira Woisky, de 20 anos, que teria confessado a autoria. O motivo seria o envolvimento da namorada do jovem – que é menor de idade – com o jornalista.
De acordo com o delegado do Tático Integrado de Grupos de Repressão Especial (Tigre) Silvanei de Almeida Gomes, Woisky foi preso na tarde de quinta-feira, no Hospital Bom Retiro, em Curitiba, onde estava internado desde domingo (14), para tratamento psiquiátrico. Ele sofre de surtos de esquizofrenia, de acordo com o que familiares teriam dito aos policiais.
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O acusado pelo homicídio foi encaminhado ao Centro Médico Penal, em Quatro Barras.
Investigações – Durante entrevista coletiva concedida na quinta-feira, o secretário de Segurança Pública do Paraná, Cid Vasques, esclareceu que desde o dia 14 de outubro já havia indícios de que a morte teria como motivação um romance de Anderson com a jovem. "A polícia já havia ouvido a esposa de Anderson, feito a verificação da conta bancária e o rastreamento do celular. Com isso houve o indicativo de crime passional".
O romance que motivou o crime, segundo o delegado do Tigre, ocorreu em 2011. Para chegar até o momento do assassinato, relata Gomes, o namorado da jovem pediu a ela que marcasse um encontro com Anderson no dia 10 de outubro. "Naquele dia, a menina levou o Anderson para um lugar ermo onde encontraram o Henrique". O jornalista foi morto a facadas. O carro da vítima foi abandonado nas redondezas, também em um matagal.
Segundo o delegado do Tigre, com o uso da bilhetagem das ligações do número de telefone do jornalista foi possível chegar ao número de telefone fixo da casa da adolescente. A polícia ainda segue com as investigações, mas a adolescente também foi apreendida e deve responder como co-autora ou partícipe do homicídio.