As investigações sobre o suposto estupro de um garoto de 12 anos em Cambé (Região Metropolitana de Londrina) ganharam um complicador na tarde de ontem. A Polícia Civil recebeu, de forma anônima, denúncias apontando que um grupo de adolescentes teria cometido o abuso e forçado a criança a culpar o vigilante noturno que fazia a segurança da Escola Municipal Santos Dumont, no Jardim Riviera. O crime teria ocorrido no último domingo à noite, quando o centro de ensino estava fechado. O garoto, que é estudante da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), teria ido ao local para brincar.
À reportagem, a mãe do menino disse não acreditar que o filho foi abusado sexualmente por outros adolescentes. "Ele (vítima) chegou em casa às 19 horas, todo molhado, muito nervoso e não queria conversar. Só na segunda-feira falou comigo", relembrou a mãe. "Ele disse que foi ao colégio com os amigos jogar bola na quadra. Isso era umas três horas da tarde. Os garotos pularam o muro e, como meu filho é gordinho, não conseguiu. Ele foi até o portão e pediu ao segurança para entrar", detalhou.
Segundo a versão da mãe, o guarda teria levado o garoto até um cômodo da escola e lá cometido o abuso sexual. "Meu filho não caiu em contradição em nenhum momento e acredito nele", completou.
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Com as novas denúncias de que o estupro pode ter sido cometido por um grupo de garotos, a Polícia Civil ganha outra linha de investigação. De acordo com informações da equipe da Delegacia de Cambé, por causa da divergência entre as versões, o resultado do inquérito policial pode depender de exames mais detalhados.