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Em 10 meses

Desarticulada quadrilha que 'lavou' R$ 80 milhões

Agência Estado
07 dez 2011 às 18:58

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A Polícia Civil desencadeou nesta quarta-feira (7) a Operação Conta Encerrada para desarticular um esquema de lavagem de dinheiro do tráfico de drogas do conjunto de favelas do Complexo do Alemão, zona norte do Rio. Agentes do Rio de Janeiro e de Minas Gerais identificaram que, em somente quatro empresas envolvidas, a quadrilha movimentou cerca de R$ 80 milhões em 10 meses.

Três pessoas foram presas em Belo Horizonte. Segundo a polícia, a quadrilha é da mesma facção criminosa de Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, que está em um presídio de segurança máxima há 10 anos.

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De acordo com o subchefe da Polícia Civil, delegado Fernando Veloso, a investigação começou em maio, por causa de uma operação da delegacia de Maricá, na Região dos Lagos. Na ocasião, foram apreendidos cadernos que continham anotações do tráfico, depósitos de dinheiro e informações sobre movimentação financeira no Complexo do Alemão. A partir da apreensão, o inquérito foi direcionado para o departamento de lavagem de dinheiro da Polícia Civil, onde as investigações continuaram.

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As investigações da Operação Conta Encerrada, apontam que a quadrilha era formada por gestores que utilizavam empresas laranjas para repassar grandes quantias de dinheiro de atividades ilícitas, o que caracteriza o crime de lavagem de dinheiro.

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A polícia informou que a Operação Conta Encerrada, não é desdobramento da Operação Scriptus, desencadeada na ultima quinta-feira (1), na qual foram identificadas cinco empresas envolvidas no esquema de lavagem de dinheiro, de mais de R$ 62 milhões, e oito pessoas foram presas.


De acordo com o titular da Delegacia de Combate às Drogas, delegado Pedro Henrique Medina, além de atuar no combate direto aos traficantes das comunidades, a polícia desarticulou a quadrilha ao prender o gestor do esquema, identificado como Heitor Fernando Carneiro da Silva.


"O grande diferencial dessa operação, é que a gente está conseguindo estagnar o repasse [de dinheiro], tornando o negócio prejudicial para eles".

Os suspeitos vão responder pelos crimes de tráfico de drogas, associação ao tráfico de drogas, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. A operação contou com a atuação do Núcleo de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro, Delegacia de Combate às Drogas, Coordenadoria de Recursos Especiais, totalizando 140 agentes das delegacias do Rio e de Minas Gerais.


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