O ex-PM Élcio Queiroz teria confirmado, em delação premiada, a participação dele, do também ex-PM Ronnie Lessa e do ex-bombeiro Maxwell Simôes Corrêa no assassinato da vereadora do rio de Janeiro Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes, há cinco anos. A informação foi revelada pelo ministro da Justiça e Segurança pública, Flávio Dino, nesta segunda-feira (24).
Suel, como era conhecido o ex-bombeiro, foi detido na manhã desta segunda em nova operação da Polícia Federal e do Ministério Público do Rio de Janeiro. Mandados de busca e apreensão também foram cumpridos na capital fluminense e região metropolitana.
De acordo com o ministro, a delação, feita entre 15 e 20 dias atrás e já homologada pela Justiça, apontou que Lessa e Queiroz participaram da execução, enquanto Suel atuou na preparação do crime e proteção dos executores. "Há um avanço, mudança de patamar da investigação. Ela se conclui no patamar da execução, e há elementos para um outro patamar, que seria investigação dos mandantes do crime", disse Dino, ao explicar em que ponto está a apuração nesse momento e qual será o próximo passo.
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O ministro também afirma que provas colhidas durante a investigação indicam a participação de milícias e do crime organizado no duplo assassinato e disse, sem dar detalhes, que há suspeita de outros participantes.
Élcio Queiroz está detido sob a acusação de ter dirigido o veículo para que Lessa disparasse contra as vítimas. Suel já havia sido preso sob suspeita de envolvimento no crime e obstrução das investigações e cumpria a pena em regime aberto. A reportagem não conseguiu contato com a defesa de Maxwell na manhã desta segunda.
Marielle e Anderson foram assassinados a tiros em 14 de março de 2018, na região central do Rio. Um ano após a morte, os ex-policiais Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz foram presos. Cinco anos após o assassinato de Marielle, ainda não foi esclarecido quem foram os mandantes do crime e quais as motivação para matar a vereadora.