O delegado do 3.º Distrito Policial de Curitiba, Carlos Alberto Castanheiro, indiciou o proprietário e o gerente da empresa Casquinha Eventos por homicídio culposo (sem intenção de matar) e lesão corporal culposa. A conclusão do inquérito informou que o dono da empresa, Glécio Mussy, 52 anos, e o gerente Ocimar Rodrigues, 36, teriam sido negligentes ao instalar o castelo inflável na festa de confraternização na Associação Desportiva Classista da Siemens, mês passado, na Cidade Industrial de Curitiba. Duas crianças morreram e várias pessoas ficaram feridas depois de os brinquedos serem deslocados por uma rajada de vento.
A polícia iniciou a investigação para apurar responsabilidades, no mesmo dia do acidente, em 16 de setembro, quando uma equipe do Instituto de Criminalística e uma do 3.º Distrito Policial avaliaram o local. De acordo com Castanheiro, o laudo do instituto mostrou que um forte vento súbito levantou do chão o castelo inflável e o touro mecânico.
Castanheiro afirmou que um dos fatores que determinaram o indiciamento foi uma carta enviada pelo fabricante dos brinquedos, que afirma orientar sempre seus clientes a prenderem os aparelhos no chão, quando usá-los a céu aberto. "O castelinho pula-pula, segundo o fabricante, deveria necessariamente estar amarrado ao chão. Para o touro mecânico não há a orientação de ficar preso, já que pesa 300 quilos e dificilmente sairia do solo", afirmou o delegado. Segundo o delegado, os brinquedos estavam dentro do prazo de validade.
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Segundo a AEN, durante as investigações, foram ouvidas 22 pessoas, entre testemunhas, vítimas, funcionários da empresa e da empresa fabricante do brinquedo. O delegado informou que já encaminhou o inquérito à Justiça, que analisará o caso e determinará se haverá necessidade ou não das prisões dos indiciados.