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A tiros

Funcionário público mata mãe e filha e alega "bullying"

Agência Estado
02 dez 2011 às 17:11

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O funcionário público Luiz Alberto da Silva, de 27 anos, matou a tiros a professora Rosana Rodrigues da Silva, de 57 anos, e sua mãe Iolanda Porfírio da Silva, de 86, e em seguida se entregou à polícia, na quinta-feira (1º), em Sorocaba, São Paulo. Ele alegou que fora vizinho das vítimas durante mais de cinco anos e sofria bullying por parte da professora.

"Ela falava um monte de coisa ruim sobre mim, dizendo que eu era vagabundo, me desprezando, me diminuindo", disse. O acusado, que trabalha como auxiliar administrativo na autarquia municipal de água e esgoto da cidade, foi soldado temporário da Polícia Militar em 2009, mas havia sido desligado.

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No final do ano passado, Silva agrediu a professora, que registrou a agressão na Polícia Civil. Ele alegou que a mulher implicava com ele, o filmou em sua casa e invadiu seu computador. Os problemas com a vizinha levaram a família a se mudar da Vila Jardini, zona sul da cidade, para o bairro Wanel Ville, na zona oeste. Silva estava de férias e contou que, no dia do crime, caminhava pela cidade quando começou a chover e teve a ideia de matar a mulher.

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Ele entrou no terreno de sua antiga casa, pulou o muro e invadiu a residência da vizinha. Aproveitando o barulho da chuva forte para que os disparos não fossem ouvidos, atirou 11 vezes contra as duas mulheres. Os corpos ficaram estendidos na sala.


O próprio atirador ligou para o telefone da Polícia Militar avisando do crime: "Matei duas mulheres e vou me entregar", disse. Preso no local, sem opor resistência, disse que tinha comprado o revólver calibre 38 no Paraguai. Ele levou a arma carregada e munição extra.

Vizinhos disseram que Silva tem depressão. No ano passado, ele iniciou um tratamento psiquiátrico, mas não o completou. Silva alegou que pretendia matar apenas a filha, mas atirou também na mãe por impulso. Na delegacia, ao ser autuado em flagrante por duplo homicídio, não mostrava arrependimento. Ele foi levado para o Centro de Detenção Provisória (CDP) de Sorocaba. A professora dava aulas particulares de inglês e era muito conhecida no bairro. Os corpos foram sepultados nesta sexta-feira (2).


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