O Ministério Público do Paraná, por meio do Núcleo de Londrina do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), cumpriu nesta terça-feira (14), nove mandados de busca e apreensão e mandados de medidas cautelares contra quatro policiais militares no âmbito da Operação Rota 303.
As investigações apuram possível envolvimento dos agentes públicos - que atuavam na Polícia Rodoviária Estadual na Polícia Ambiental/Força Verde no norte do Paraná na apropriação indevida de equipamentos eletrônicos trazidos do Paraguai.
Os bens indevidamente apropriados pelos policiais militares em produtos eletrônicos valem cerca de R$115 mil, segundo cálculos do Gaeco. Entre os produtos estão 27 vídeos games da marca Xbox One S”, 30 Playstations nº4, 32 smartphones e 14 aparelhos conversores Google Chrome de TV em Smart TV.
Leia mais:
Homem é preso em flagrante acusado de agredir e roubar bolsa de idosa em Arapongas
Polícia Militar prende na região de Apucarana quadrilha acusada de furtar gado
Polícia Rodoviária Federal informa a liberação da BR-277, na Serra da Esperança, em Guarapuava
Em Londrina, comerciante é preso suspeito de latrocínio de PM
As ordens judiciais foram cumpridas com o apoio da Corregedoria-Geral da Polícia Militar em endereços nos municípios de Londrina, Jataizinho, Ibiporã, Sertanópolis, Uraí e Sertaneja. Um policial militar foi detido em flagrante por conta de armas e munições encontradas na residência. Os nomes dos invesgados não foram revelados e os agentes foram afastados das funções.
As investigações sobre o caso tiveram início após a análise de informações contidas em aparelho de telefone celular de um policial rodoviário que foi alvo na Operação Imperium, deflagrada em maio de 2021 pelo Gaeco e voltada a desarticular organização criminosa do ramo de jogos ilegais que atuava em diversos municípios paranaenses e no estado de São Paulo.
Nos registros foram identificadas tratativas de venda de produtos oriundos do Paraguai que teriam sido subtraídos pelos policiais durante o atendimento de uma ocorrência de tentativa de roubo e também de abordagem em rodovias.
Os policiais investigados pelos atos ilícitos devem responder pelo crime de peculato. O Juízo criminal também impôs aos suspeitos a proibição de manter contato com testemunhas e demais investigados, por qualquer meio de comunicação (contato pessoal, telefônico, por meio eletrônico ou virtual).