O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Curitiba, com o apoio da Corregedoria da Policia Civil, cumpriu na manhã de hoje (16) sete (dos oito) mandados de prisão temporária e 11 de busca e apreensão, expedidos pelo juízo da Vara Criminal da Comarca de Matinhos. Os mandados foram cumpridos nas cidades de Curitiba, Matinhos e Paranaguá.
Na chamada Operação Posseidon, foram presos, no litoral, quatro policiais militares e, em Curitiba, um delegado e um policial civil aposentado, irmão de Juarez Ferreira Pinto, autor do chamado "Crime do Morro do Boi", ocorrido em Matinhos, em 31 de janeiro de 2009. Também foi presa uma pessoa que já estava detida, pela prática de crime de tráfico. Um outro policial militar teve sua prisão temporária decretada e ainda sendo procurado pelo Gaeco. Todos são investigados pela prática dos crimes de formação de quadrilha, tortura e denunciação caluniosa.
As investigações do Ministério Público demonstraram que os detidos participaram de uma trama criminosa cujo objetivo final era liberar e consequentemente inocentar Juarez Ferreira Pinto.
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Segundo o Gaeco, como a vítima do "Crime do Morro do Boi" reconheceu Juarez, em juízo, como o verdadeiro autor do delito, o irmão do autor, com o auxílio de policiais militares do 9º BPM (Paranaguá) e do delegado de Polícia de Matinhos à época dos fatos, teria elaborado e executado um plano para que Paulo Delci Unfried fosse preso de posse da arma usada no crime.
O plano da quadrilha consistia, de acordo com o Gaeco, em apresentar Unfried não só como o responsável pelo crime, como também autor de outros roubos ocorridos na região do litoral naquele período, os quais sabiam que a vítima não havia praticado.
Também teriam trabalhado para manipular notícias em alguns veículos de comunicação do litoral e de Curitiba, para plantar dúvida na opinião pública sobre o reconhecimento de Juarez pela vítima.
Algumas das prisões temporárias têm validade de 30 dias e, outras, foram decretadas por cinco dias, não estando descartada pelo Gaeco a possibilidade de serem requeridas judicialmente as prisões de outras pessoas, cujo envolvimento está ainda sendo investigado.
Todos os presos estão detidos em Curitiba. Estão sendo ouvidos pelo Gaeco (quatro já foram ouvidos pela manhã e os demais devem passar por oitiva à tarde) e serão, na sequencia, encaminhados para o Centro de Observação e Triagem e para o Centro de Triagem I.