A Polícia Civil divulgou nesta quarta-feira (2) o número de pessoas assassinadas em Londrina no ano passado. Foram 111 homicídios contra 93 registrados em 2011. O crescimento é de 19%. Apesar de alarmante, o balanço ficou dentro da média registrada nos últimos anos. Pelo menos é o que garante o delegado-chefe da 10ª Subdivisão Policial, Márcio Amaro. "Vale lembrar que, em 2003, foram registrados quase 200 assassinatos na cidade. O número vem diminuindo gradativamente e, de 2008 para cá, se mantendo-se entre 90 e 130 casos", explicou.
O delegado lembrou que pelo menos 80% de todos os assassinatos já foram solucionados. "Como o homicídio é um crime que a gente não consegue prever, precisamos dar a resposta imediata ao bandido. A solução de casos, junto com o patrulhamento efetivo da Polícia Militar, é o único meio que temos para evitar as mortes violentas", argumentou.
Ainda segundo dados da polícia, apenas 10 das 111 pessoas assassinadas eram mulheres. O balanço aponta, ainda, que cerca de 85% dos homicídios foram cometidos com armas de fogo. Outro dado divulgado chama a atenção: pelo menos 90% de todos os assassinatos têm relação direta com o tráfico de drogas. "É quase sempre aquele jovem, de classe média baixa, envolvido com o mundo crime. É morto por ter dívidas ou em disputa", destacou Amaro. Só em outubro, quatro pessoas foram assassinadas durante briga de gangues que controlam o tráfico na zona oeste de Londrina.
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Os chamados crimes passionais também marcaram o ano de 2012. No dia 24 de outubro, o empresário José Otaviano de Oliveira Ribeiro, de 69 anos, e sua esposa, Tathiana Name Colado Simão, de 35, foram encontrados mortos dentro do apartamento onde moravam, na Gleba Palhano, área nobre da cidade. Segundo a polícia, Ribeiro teria assassinado a mulher a tiros e se matado depois.
Recentemente, no dia 26 de dezembro, a policial Maria Eugênia Scudeler foi presa acusada de matar o namorado, também policial, após uma discussão. Apesar de chocantes, segundo o delegado, os crimes passionais precisam ser tratados de forma isolada. "A polícia poucas ocorrências do tipo. Mas vale lembrar que elas passam pelo mesmo tipo de investigação", garantiu.