Um jovem de 22 anos foi morto a facadas em um pensionato de estudantes na madrugada deste domingo (17) em Maringá. O suspeito feriu mais dois estudantes e foi preso em flagrante.
Conforme o delegado Laércio Fahur, o autor dos ataques aos estudantes mora nos fundos do pensionato. O jovem de 22, identificado como Orivaldo José da Silva Filho, conhecido como Mima, estava com mais dois estudantes na cozinha quando Osvaldo dos Santos Pereira Junior, de 26 anos, apareceu com uma faca e começou a atacá-los.
Mima tentou fugir, mas devido aos ferimentos morreu ainda no local. Ele era de Conchas, interior de São Paulo, se preparava para fazer doutorado em Química na UEM (Universidade Estadual de Maringá) e já dava aulas em uma empresa de concursos e vestibulares.
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Os outros dois estudantes que não tiveram suas identidades divulgadas por segurança, conseguiram fugir, mas tiveram ferimentos e foram encaminhados para hospitais da cidade.
De acordo com Fahur, o autor foi preso pela PM (Polícia Militar) e confessou o crime na delegacia neste domingo (17). "Ele disse que seria uma ação devido às pessoas perturbarem ele. Disse que às vezes dorme dentro do carro dele, um fusca, para não dormir no local", diz. Para a polícia, o autor afirmou que trabalha como bartender.
"No local ele disse para a equipe policial que foi algo maligno que influenciou ele, mas na delegacia não repetiu a história. Disse que agiu em razão da defesa dele", acrescenta.
Segundo as investigações, o homem pediu para que os estudantes se ajoelhassem no momento do crime. Em seguida, os atacou. Além disso, o delegado acrescentou que Junior tentou abrir outros quartos do pensionato e chegou a perseguir mais pessoas. "As equipes da PM conseguiram conter o homem antes que atacasse mais estudantes", pontua.
Ainda de acordo com o delegado, o autor chegou a ser encaminhado para um hospital com escolta policial por estar com um ferimento no dedo. Em seguida, foi preso na delegacia. "Ele vai responder por homicídio qualificado e dois homicídios tentados", acrescenta.
Conforme Fahur, o homem havia uma passagem pela polícia por posse de droga para uso. "Mais pra frente a Polícia Civil vai analisar junto com o Judiciário se vai realizar exames para verificar a saúde mental devido às coisas desconexas e sobrenaturais que ele alegou no depoimento. Ele adiantou ainda que não toma nenhum remédio de uso contínuo."