A funcionária do posto de gasolina Patrícia Cabral da Silva, 22 anos, baleada durante um assalto, foi indiciada por roubo pelo delegado-titular da Delegacia de Furtos e Roubos (DFR), Rubens Recalcatti. Segundo o delegado, ela é suspeita de ter participado do crime, em maio deste ano, em Curitiba.
A polícia suspeita que ela tenha elaborado o plano do assalto, além de pedir para levar um tiro na barriga para que pudesse pedir uma indenização do estabelecimento. "Com as gravações apresentadas pelo advogado de dois dos homens que participaram do assalto, podemos afirmar que ela é suspeita de participar do crime", disse o delegado.
A gravação, com a suposta conversa entre Patrícia e Luiz Carlos Cândido sobre o assalto, foi entregue pelo advogado José Carlos Veiga, que defende Cândido e Sidimar Tiago Oliveira, ambos indiciados pelo assalto, juntos com Márcio Leando Rezende.
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De acordo com Recalcatti, Patrícia já foi ouvida pela polícia e ela negou participação no crime. A fita, que conteria a gravação com as vozes de Patrícia e Candido, já foi encaminhada para o Instituto de Criminalística. "Vamos esperar o resultado da perícia. É importante frisar que o confronto de vozes será feito também para que se comprove se as vozes da fita são realmente de Patrícia e Cândido", explicou o delegado.
A polícia vai analisar possível pedido de prisão de Patrícia, mas espera o resultado da perícia, segundo Recaltati. Patrícia negou que seja sua voz na gravação e disse que os esclarecimentos serão dados apenas às autoridades.
Assalto
Em maio deste ano, três homens assaltaram um posto de gasolina e levaram cerca de R$ 60 mil, que estava dentro do cofre. Durante o roubo, um dos assaltantes atirou em Patrícia, funcionária do posto, que estava grávida.
No final de maio, Thiago dos Santos Florão foi detido, suspeito de ter participado do assalto. Patrícia apontou Florão como um dos autores do assalto ao posto. No entanto, de acordo com o delegado Recalcatti, a polícia descobriu que Florão não participou do assalto e chegou aos nomes de Márcio Leandro Resende, Luis Carlos Cândido e Sidimar Tiago Oliveira.
Na última semana, o advogado de Oliveira e Cândido, entregou à Justiça e à polícia uma fita com gravações de uma conversa com supostas vozes de Patrícia e Cândido. De acordo com a polícia, durante a conversa gravada, os dois teriam falado sobre o assalto, sobre o pedido de Patrícia para que levasse um tiro e sobre a indenização que ela pediria por ter sido baleada.
AEN