A juíza da 1ª Vara Criminal de Londrina, Elisabeth Kather, anulou nesta segunda-feira (21) um laudo feito por uma perita do IML (Instituto Médico Legal) sobre o homicídio do estudante Matheus Evangelista, 18 anos, em março de 2018. A justificativa da magistrada foi de que o exame, encomendado pelo advogado Marcelo Camargo, que defende o guarda municipal Fernando Neves, um dos acusados do crime, possui "conteúdo de caráter pessoal, ferindo a imparcialidade". Na mesma decisão, ela determinou que a Corregedoria da Polícia Científica do Paraná abra uma sindicância contra a servidora.
A suspeita de irregularidade foi levantada pela defesa da família do jovem, que alegou "excesso de linguagem e ausência de uma postura isenta e imparcial". Veja um trecho da análise pericial: "Tais fatos autorizam concluir de forma inequívoca que a iniciativa de socorrer a vítima de imediato e conduzi-la ao hospital mais próximo, no caso o Zona Norte, com estancamento de hemorragia foi medida correta e indispensável pela gravidade das lesões. De certa forma, a medida foi uma tentativa heroica de salvamento, sem a qual o rapaz teria falecido no local".