O juiz Marcos Caires Luz expediu decretou na última quarta-feira (4) a prisão preventiva de José Lincoln Betetto Santana, 32 anos, considerado pela Polícia Civil como autor do homicídio registrado no dia 10 de março de 2016 contra Luiz Antônio da Silva, travesti encontrado morto em um hotel situado na área central de Londrina. O suspeito foi preso no início de dezembro em Curitiba por policiais da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), com as investigações comandadas pelo delegado Fábio Amaro em parceria com a 10ª Subdivisão Policial de Londrina.
O cadáver foi encontrado embaixo da cama e amarrado por cobertas. O forte cheiro ocasionado pelo avançado estado de decomposição despertou a atenção de um homem que prestava serviços no hotel. Em depoimento, ele confirmou que Santana havia alugado o quarto. Outro morador confidenciou ao depoente que, no dia anterior à localização do corpo, Santana foi visto pegando uma máquina de serrar madeira. O equipamento teria sido comprado por ele mesmo. Na data em que tudo veio à tona, ou seja, menos de 24 horas depois, o indiciado foi flagrado saindo do hotel com uma mochila nas costas e cabelos raspados.
Com as informações coletadas no local do crime, papiloscopistas identificaram que as impressões digitais pertenciam à Santana. No despacho, o magistrado não teve dúvidas ao afirmar que "há indícios suficientes de autoria apontando o indiciado como autor do crime contra a vida apurado neste inquérito policial". Santana foi preso em Curitiba trabalhando como segurança de uma loja de confecções na rua Pedro Ivo, na região central.
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Ao ser interrogado, ele negou que teria participação no crime. Além disso, afirmou que saiu do Norte do Paraná para "buscar emprego". Na época, a polícia acreditou que Santana estava trabalhando há pelo menos dois meses na capital paranaense. O mandado de prisão temporária, agora convertido em preventiva, foi despachado pela 1ª Vara Criminal de Londrina.