Duas mulheres foram presas pela Polícia Militar na madrugada do último sábado (12) acusadas de não cumprir com a viagem que tinham vendido para cerca de 30 pessoas ao Beto Carrero, parque de diversões localizado em Santa Catarina. O ônibus sairia da avenida Saul Elkind, zona norte de Londrina, e retornaria neste domingo (13), mas os clientes que compraram o pacote disseram que não havia ninguém no horário e local combinados.
As vendedoras, que são mãe e filha, foram autuadas pelo delegado Ernandes Cezar Alves, que estava de plantão, por estelionato. Durante interrogatório obtido pelo Bonde, uma delas disse que cada adulto pagou R$ 530 pela excursão. Crianças de até 12 anos eram isentas da taxa. "Ela é quem mexe com o dinheiro. Eu estava até pronta para viajar, mas aí o pessoal começou a me ligar e mandar mensagem falando que não ia ter mais a viagem. Falei que ia assumir a dívida e iria pagar todo mundo. Não sei o que aconteceu com o pagamento", informou.
A jovem que seria a responsável pela parte financeira da empresa de turismo não quis falar nada para a Polícia Civil. Uma das vítimas foi ouvida na delegacia e relatou como foi o golpe. "Fui guardando um dinheirinho desde abril para pagar essa viagem. Passamos todos os dados, tudo certinho para irmos até o Beto Carrero. Perguntei se o ônibus era dela ou de outra pessoa, mas sempre dizia que fretava de outro lugar", comentou.
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Outra compradora argumentou que a excursão estava marcada para 22h de sexta-feira, mas o trajeto teria sido desmarcado uma hora antes pelo WhatsApp. "Cada hora elas falavam uma coisa. Depois que recebemos as mensagens, tentamos achar as responsáveis. A filha, que recebia os pagamentos, comentou que iria fazer um acordo, mas não sabia se teria dinheiro para pagar tudo porque a mãe agora está presa. Se ela tem como pagar um advogado e a fiança, por que não pode pagar a gente também?".
Neste sábado, a juíza Rosângela Faoro, do Plantão Judiciário, concedeu a liberdade provisória para as acusadas. Porém, elas só deixarão a cadeia se pagarem fiança de 10 salários mínimos, ou R$ 9.980. Como o valor ainda não foi recohido, as duas continuam detidas. Procurada, a defesa ressaltou a intenção de fazer um acordo com os clientes e disse que só vai se pronunciar com mais detalhes após audiência de custódia nesta segunda-feira (14).