A delegada-titular do Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente (Nucria), Lívia Pini, encerrou o inquérito aberto contra o conselheiro tutelar José César Ramalho, preso no final de abril após decisão judicial. Ele é acusado de tentar abusar sexualmente de uma adolescente de 16 anos durante um atendimento prestado na sede do Conselho Tutelar da rua Belém, presidida na ocasião pelo suspeito.
Além desta denúncia, repassada pela vítima ao Ministério Público, a Polícia Civil abriu uma investigação paralela com o objetivo de apurar mais um caso envolvendo Ramalho. Uma adolescente foi até o Nucria e denunciou o conselheiro em um novo e suposta abuso. Ela prestou depoimento e confirmou todas as informações à delegada.
Convocado para se defender na semana passada, José Ramalho chegou algemado da Penitenciária Estadual de Londrina, mas preferiu o silêncio durante duas horas de interrogatório. A polícia reuniu outras provas consistentes para indiciar o acusado nos crimes de favorecimento à prostituição, estupro de vulnerável e corrupção de menores.
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Segundo a delegada Lívia Pini, o conselheiro demonstrou "comportamento tranquilo" diante das acusações, mas "recusou-se a responder a maioria das perguntas". A mãe de uma das adolescentes também deu esclarecimentos. O processo será remetido à 6ª Vara Criminal de Londrina.
O Portal Bonde tentou entrar em contato com a defesa de Ramalho, que chegou a ingressar com um pedido de habeas corpus no Tribunal de Justiça, mas não obteve retorno. O conselheiro exercia o segundo mandato no órgão público.