A Polícia Civil prendeu mais um suspeito de participar da tentativa de homicídio contra o policial militar Reginaldo Alves de Oliveira, no dia 25 de janeiro, em frente a uma farmácia na avenida Saul Elkind, zona norte de Londrina. Jeverson do Nascimento Batista, o Déio, de 25 anos, foi detido em Navegantes (SC) na quinta-feira passada (31). Ele foi apresentado, nesta terça-feira (5), ao lado de Marcus Vinicius Galindo, de 28, preso no início de março, na zona sul de Londrina.
A dupla foi identificada por meio do sistema de segurança de um estabelecimento comercial que gravou toda a ação. Déio seria o autor dos disparos contra o PM. "Os dois são autores diretos deste crime. Uma das coisas que há é a prova material de que eles participaram e são os executores deste atentado que sofreu o soldado Reginaldo. Já há provas bastante robustas e não nos resta nenhuma dúvida", afirmou o delegado-chefe da 10ª Subdivisão Policial, Sebastião Ramos dos Santos Neto. Eles ficarão presos preventivamente na Casa de Custódia de Londrina.
A polícia já identificou também um terceiro envolvido no crime. Trata-se de Conrado Tales da Silva, que teria dirigido o veículo que o trio usou no dia do atentado e está foragido.
Leia mais:
Homem ameaça companheira, é preso e debocha de policiais urinando no chão em delegacia em Arapongas
Adolescente é apreendido após ser acusado de roubar bolsa de idosa em Londrina
Passageira de moto morre em acidente com ônibus na BR-369, em Rolândia
PRF sente cheiro de maconha e apreende 343 quilos da droga escondidos em caixas de ovos no PR
Segundo Ramos Neto, a ordem para executar Reginaldo Oliveira partiu de dois detentos de Londrina que estão na Penitenciária Estadual de Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba. Os investigadores chegaram aos mandantes mediante investigação de mensagens – não protegidas – trocadas por meio de um aplicativo de celular. Um dos mandantes, inclusive, assume a autoria do atentado e teria plano de locar um helicóptero para fugir para a Venezuela.
De acordo com as investigações, Déio é primo de um dos mandantes. Já Galindo teria participado para pagar uma dívida de R$ 7 mil em drogas com os mandantes. Os investigadores ainda não chegaram ao motivo que levou os suspeitos a comandar o atentado. "O que a gente sabe é que é algo vinculado ao local onde eles exercem o tráfico, não é estadual", acrescentou o delegado Ricardo Teixeira Casanova, atualmente lotado na Delegacia de Homicídios.
No início de março, outros três suspeitos de envolvimento no crime foram presos. "Existem ainda outras pessoas que são partícipes desse crime. A força-tarefa está trabalhando no sentido de elucidar 100% esse caso", afirmou Santos Neto.
A Polícia Civil ainda apura se os acusados teriam participação no assassinato do policial militar Cristiano Gottino, no dia 29 de janeiro.