A rebelião na Casa de Custódia de Maringá segue indefinida. Às 21h30 desta terça-feira (30), o comandante do 4º Batalhão da Polícia Militar, coronel Antônio Roberto dos Anjos Padilha, foi até o exterior da unidade para tranquilizar as famílias dos detentos. Cerca de 90 presidiários estão amotinados em uma das galerias desde as 15h de segunda-feira (29) e pedem, além de melhorias na estrutura do cárcere, a transferência de internos. No início da rebelião, sete agentes penitenciários foram feitos reféns, mas um foi liberado durante a tarde de ontem após ser ferido com golpes de estoque e outro saiu do presídio durante a noite. Nesta terça, outros dois foram liberados.
Do lado de fora, as famílias dos presidiários demostram apreensão com a situação e pedem o fim do motim. Um grupo rompeu o cordão de isolamento na frente da Casa de Custódia minutos antes das 21h. Eles tencionavam invadir a unidade para obter informações sobre seus parentes. O coronel Padilha foi até os familiares para acalmá-los. "Nós também queríamos acabar logo com o motim, mas vamos atravessar a noite negociando se for necessário. Estamos respeitando os pedidos dos presos para que tudo acabe bem", disse Padilha. Ele aproveitou o encontro para anunciar que mais um agente penitenciário - o quarto - havia sido solto. Agora, são três sob o poder dos rebelados.
Por volta das 19h, o novo secretário de Segurança Pública do Paraná, Fernando Francischini, chegou à Casa de Custódia de Maringá para participar das negociações pelo fim da rebelião no presídio. Ele segue no local. Pouco antes, os detentos haviam entregue o terceiro agente liberado.
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A Polícia Militar mantém um efetivo de aproximadamente 50 homens na unidade, entre eles uma equipe do Batalhão de Choque da PM de Londrina.
Atualmente, a Casa de Custódia de Maringá abriga 636 presos em um espaço destinado a 654.
(matéria atualizada às 21h30 com informações do repórter Celso Felizardo, da Folha de Londrina)