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Família envenenada

Médico envenenado teria trancafiado a filha

Folha News
18 fev 2005 às 08:39

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A Polícia Civil de Campinas informou que a filha mais nova do médico homeopata Hudson da Silva Carvalho, 46 anos, teria sido trancada no próprio quarto durante mais de duas semanas, como forma de castigo.
Segundo os policiais, a menina, única sobrevivente do envenenamento por arsênico que matou seus pais e a irmã no último dia 30, recebeu a punição por ter fugido durante três dias de casa, em outubro do ano passado.

O irmão de Hudson, que teria abrigado a garota de 15 anos durante sua "fuga", prestará depoimento em breve, de acordo com os responsáveis pela investigação.

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Informações preliminares indicam que o pai estaria pressionando a menina a se internar para tratar de uma suposta bulimia. A informação é tratada com cautela pela Polícia Civil, mas reforça indícios de que a relação da menina com o pai era difícil.

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Enquanto permaneceu trancada no próprio quarto, em novembro do ano passado, a garota teria sido impedida inclusive de freqüentar as aulas. Ela somente voltou ao colégio em dezembro, para realizar as provas.

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Vários depoimentos indicam que Hudson tinha comportamento violento com os familiares, porém a políca considera suspeitos todos os moradores da casa. A possibilidade de envenenamento acidental está praticamente descartada.


Os policias também apreenderam na casa da família Carvalho uma apólice de seguro no valor de R$ 700 mil, da qual a única sobrevivente é a única beneficiária. O patrimônio da família é estimado em cerca de R$ 2 milhões. Por enquanto, a polícia não reforça a hipótese de motivação econômica para o suposto crime.

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Além do tio da garota, que reside no Rio de Janeiro, a políca vai ouvir nos próximos dias outra testemunha, cuja identidade é mantida em sigilo. Segundo foi informado, essa pessoa pode trazer informações importantes, dependendo do resultado de alguns exames periciais. Não foram fornecidos mais detalhes.


Análises químicas não detectaram a presença de arsênico no creme de chocolate preparado pela garota e consumido pela família pouco antes das mortes. O doce foi servido pelo pai nas horas anteriores aos primeiros sintomas de envenenamento.

Fonte: TERRA


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