A Justiça negou liberdade para um pastor de 64 anos acusado de estuprar uma criança de cinco anos em Londrina. A decisão saiu na última segunda-feira (8) e foi dada pela juíza Zilda Romero, da Vara de Crimes contra Crianças, Adolescentes e Idosos. Com este novo capítulo processual, o homem permanece em reclusão preventivamente. Ele foi detido no dia 8 de janeiro por investigadores do Nucria (Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente).
Segundo a denúncia do Ministério Público, o abuso "durou aproximadamente sete meses". Para a magistrada, "isso demonstra a necessidade dele ficar detido pela altíssima probabilidade de voltar a delinquir, bem como a preservação da ordem pública". A defesa pediu que ele saísse da cadeia por causa do risco de contágio da Covid-19, mas a juíza disse que "não foram apresentados documentos que comprovem que o réu sofre de qualquer comorbidade que o coloque em um grupo de extremo risco".
De acordo com a delegada do Nucria, Lívia Pini, uma segunda pessoa abusada, esta já adulta, surgiu durante as investigações. "Ela mora no mesmo bairro que o pastor. Disse que, quando criança, o conhecia e que também passou por um episódio de violência". O acusado foi indiciado pela Polícia Civil por abuso de vulnerável. A reportagem tenta contato com a advogada do idoso.