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Imbróglio

PGR investiga se delator da Lava Jato descumpriu acordo e voltou ao crime

Agência Estado
06 jul 2018 às 08:06

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- Reprodução/Fotos Públicas
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A Procuradoria-Geral da República decidiu apurar se um dos delatores da Lava Jato, conhecido como Ceará, descumpriu acordo de colaboração e voltou a cometer crimes após fechar delação com a procuradoria. Em manifestação ao Supremo Tribunal Federal, a PGR recorda que, entre as hipóteses de rescisão do acordo, fechado em junho de 2015, foi elencada a prática de qualquer "crime doloso pelo colaborador após a homologação judicial".

Ceará atuava na Lava Jato com o doleiro Alberto Youssef. Em maio deste ano, Ceará foi alvo de um decreto de prisão preventiva da 23ª Vara Criminal Federal da Subseção Judiciária de Curitiba. Na ocasião, a Polícia Federal prendeu oito investigados da Operação Efeito Dominó, que apura lavagem de dinheiro do tráfico internacional de drogas.

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"No curso da investigação, foram identificados terminais utilizados por possíveis doleiros que manteriam relação com a organização, criminosa, logrando-se identificar áudios enviados por Carlos Alexandre em oito transações suspeitas, entre dezembro de 2016 e abril de 2017", afirma a PGR no comunicado ao STF, assinado em 21 de junho e protocolado na Corte nesta quarta-feira, 4.

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Caso a PGR peça a rescisão do acordo de colaboração, caberá ao ministro Edson Fachin analisar o pedido. Em sua delação, Ceará citou políticos como os senadores Renan Calheiros (MDB-AL), Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Aécio Neves (PSDB-MG) e Fernando Collor (PTC-AL). Nos casos de Aécio e Randolfe o STF arquivou os trechos de delação por ausência de indícios mínimos para o prosseguimentos das investigações.

A PGR já pediu ao ministro Fachin para homologar a rescisão do acordo de quatro colaboradores do grupo J&F. Segundo a Procuradoria, Joesley Batista, Wesley Batista, Ricardo Saud e Francisco de Assis e Silva omitiram informações ao fechar a delação com a PGR. O ministro ainda não decidiu sobre esses pedidos.


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