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Segundo delegado

PM agiu em legítima defesa ao balear preso da Operação Sicário

Rafael Machado - Grupo Folha
04 ago 2019 às 15:05

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- Ricardo Chicarelli/Grupo Folha
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O delegado Thiago Vicentini entendeu que o policial militar que atirou em Luiz Henrique da Silva, 28 anos, um dos alvos da Operação Sicário, comandada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) e pela Polícia Militar para derrubar o crime organizado em 40 cidades do Paraná, atuou em legítima defesa. Os agentes foram até a casa do rapaz, na rua Nápoles, jardim Piza, região sul, cumprir mandados de busca, apreensão e prisão, mas ele fugiu pouco depois da viatura ter chegado.


Silva entrou em luta corporal com um dos policiais que o perseguiu e foi baleado no pé e tórax. O criminoso teria tentado pegar a arma do PM, uma pistola calibre 9 mm. Ele foi encaminhado pelo Siate até o HU (Hospital Universitário). Segundo a assessoria de imprensa da unidade, permanece estável e sem risco de morrer.

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"Ele (Luiz) começou a correr logo quando viu a gente. Como estava mais perto, corri junto e consegui alcançá-lo. Segurei pelas costas e foi aí que virou pra me dar um soco e pegar meu armamento. Eu tirei a mão dele e atirei. Ele andou por mais uns 20, 30 metros e caiu. Não havia outra forma de pará-lo. Também machuquei a coxa e fui atendido no hospital", disse o militar em depoimento.

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"Efetuar tais disparos mostrou-se, naquele momento, o único meio necessário a repelir aquela injusta agressão. Ora, uma pessoa foragida da justiça que tenta se apossar da arma de fogo de um policial obviamente quer utilizá-la para a prática de um mal contra aquele que o persegue. Logo, mostra-se lícita a conduta do agente", detalhou o delegado, que indiciou Luiz Henrique por lesão corporal e resistência.

Ao concluir o inquérito, Vicentini arbitrou fiança de quatro salários mínimos, ou R$ 3.992, para soltar o suspeito, que não foi ouvido por estar hospitalizado. Mesmo se pagar o valor, continuará preso pelo mandado judicial.


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