Um policial militar do 15ª Batalhão de Rolândia foi afastado após ter atirado contra Luís Ricardo Alves de Souza, 33 anos, depois de uma suposta discussão que teria acontecido em posto de combustíveis de Jaguapitã, Norte do Paraná, na madrugada do último domingo (9). A informação foi confirmada ao Bonde pela tenente Ana Maria da Silva Delai, responsável pela comunicação da corporação. O agente também entregou sua arma e não deverá atuar no patrulhamento de rua até a conclusão do inquérito aberto para investigar o caso.
Segundo a oficial, o PM estava de folga no estabelecimento com outros amigos quando teria sido surpreendido pelo rapaz, que estaria armado com um canivete. "Ele (policial) se identificou e ordenou que o homem parasse, o que não foi acatado. Por isso, precisou atirar para resguardar a própria integridade física e das outras pessoas que circulavam pelo posto".
Ana Delai informou que a confusão teria acontecido por uma discussão anterior entre o servidor e a vítima, mas ela não soube informar o teor.
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Rebatendo
A família de Luís Ricardo tem outra versão da ocorrência. Segundo a advogada Nayara Larissa de Andrade Vieira, os parentes afirmaram que "não houve nenhuma briga com ele. O que aconteceu foi uma discussão mais acalorada entre um segurança e outra pessoa. Esse policial, que estaria trabalhando como vigia, atirou nas costas do Ricardo. Mesmo ensanguentado, ele teria sido agredido por outros vigilantes do comércio", observou.
A defesa esteve na cidade na tarde de domingo para tentar captar as imagens das câmeras do posto, que teriam gravado as cenas. "Não encontramos ninguém que poderia fornecer as filmagens e por isso tentaremos por via judicial. A família confirmou que ele (Luís) andava com um canivete, mas porque ele é pedreiro. Isso de forma alguma seria usado para avançar contra o PM e seus colegas. Temos testemunhas que comprovam isso e se dispuseram a confirmar tudo para a Polícia Civil".
A advogada informou que o rapaz "não tinha nenhum antecedente criminal" e acredita que Luís Ricardo tenha sido morto "pelo despreparo do policial". A reportagem não conseguiu contato com o delegado de Jaguapitã, Marcelo Sakuma.