O juiz substituto Sérgio Bernardinetti, da Vara da Auditora da Justiça Militar de Curitiba, decidiu na última segunda-feira (3) soltar o policial militar Cleber Ramos Tardiolli, responsável pelo tiro que atingiu o rosto de Andressa Alves da Silva, 18 anos. O caso aconteceu durante uma abordagem no começo de maio em Porecatu (83 km de Londrina).
De acordo com a versão oficial da PM, uma equipe foi chamada para atender uma ocorrência de perturbação de sossego. Vizinhos reclamaram do barulho de um churrasco que acontecia na casa onde a vítima estava. Quando a viatura estacionou, Tardiolli e o outro agente abordaram as pessoas, mas o acusado teria atirado em direção à residência.
Uma das balas ricocheteou no chão e acertou a jovem. Ela foi encaminhada ao Hospital Universitário de Londrina, por onde passou por cirurgia. Cleber Tardiolli permanecia detido no 15º Batalhão de Rolândia, onde está lotado. Ele é reú na ação penal que corre na Justiça Militar. Segundo o advogado de defesa Eduardo Mileo, "um laudo do Instituto de Criminalística demonstrou que a arma apreendida no flagrante não funcionava, o que afastou a acusação de porte ilegal, dando total credibilidade ao acusado quando esse afirmou ser tal artefato algo apreendido naquela ocorrência"
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Na decisão que determinou a soltura do acusado, o juiz Bernardinetti afastou o PM do patrulhamento de rua, ordenou que ele cumpra fardado apenas serviços administrativos e entregue sua arma de fogo à corporação.
A audiência das testemunhas convocadas pela acusação foi marcada para o dia 12 de agosto, às 16h.
(atualizado às 9h)