A Polícia Científica confirmou na tarde desta quarta-feira (7) que a menina Tayná Adriane da Silva, de 14 anos, morta no dia 27 de junho em Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), não sofreu violência sexual. A hipótese já tinha sido levantada pela perita Jussara Joeckel, do Instituto de Criminalística, logo no início das investigações. Isso porque, de acordo com ela, o corpo da garota não apresentava sinais de estupro ou luta corporal.
Por enquanto, o caso segue sem solução. O prazo inicial para que o novo inquérito seja encerrado é dia 15 de agosto, no entanto, o delegado responsável pelo caso, Guilherme Rangel, não descarta a possibilidade de pedir prorrogação junto ao Ministério Público do Paraná (MPPR).
Na última quinta-feira (1), o Grupo de Atuação especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) ofereceu denúncia contra 21 pessoas acusadas de torturar os quatro suspeitos de matar a garota. Entre os 21 estão 15 policiais, guardas, o agente penitenciário e o preso "de confiança" que foram detidos no dia 18 de julho. O Gaeco informou hoje que ainda aguarda a juíza de Colombo acatar a denúncia.
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O crime - O corpo de Tayná foi encontrado no dia 28 de junho em um matagal na Rua Márcio Cardoso, em Colombo, após quase 15 horas de busca. A adolescente estava sumida desde a noite da terça-feira anterior (25), quando saiu de casa para se encontrar com uma amiga. Por volta das 20h30, ela enviou mensagem ao celular da mãe avisando que voltaria logo, mas acabou não aparecendo. A família registrou boletim de ocorrência no mesmo dia.
Antes mesmo de o corpo ser encontrado, quatro homens, todos funcionários de um parque de diversões itinerante, foram detidos. Na época, a polícia chegou a afirmar que eles teriam confessado a participação no suposto estupro e na morte da garota.
Apesar da acusação, o Instituto de Criminalística apontou mais tarde que o sêmen encontrado no corpo de Tayná não era de nenhum dos quatro, o que gerou reviravolta no caso. Mais tarde, eles disseram que passaram por tortura e que foram forçados a assumir a culpa. Um deles teve que ser removido para o Complexo Médico Penal com problemas de sangramento no intestino.
Os acusados foram soltos da Casa de Custódia de Curitiba no dia 15 de julho e permanecem sob proteção do Gaeco em outros estados do Brasil. (Com informações do repórter Rubens Chueire Jr., da Folha de Londrina)