A Polícia Científica do Paraná divulgou nota nesta sexta-feira (2) informando que a necropsia do corpo da menina Tayná Adriane da Silva, de 14 anos, e a coleta de materiais para exames complementares foram realizadas pelo médico-legista que é chefe do necrotério do Instituto Médico-Legal (IML) de Curitiba, Alexandre Gebran Neto. Segundo o órgão, o laudo foi elaborado em conjunto com o diretor do IML do Paraná, Porcídio Vilani.
O programa "Brasil Urgente", da Rede Bandeirantes de Televisão, exibiu reportagem na tarde de ontem afirmando que o documento de perícia entregue ao delegado que comanda as investigações foi feito por um médico que não estava de plantão. Segundo a matéria, ele foi chamado exclusivamente para realizar este procedimento.
O órgão, no entanto, nega qualquer irregularidade. "A realização dos exames por parte desses médicos legistas ocorreu por determinação do diretor-geral da Polícia Científica, Leon Grupenmacher, em razão do clamor público que existia em torno do caso, para possibilitar a imediata realização do exame e pela vasta experiência dos médicos legistas designados. Sendo assim, não existindo qualquer ilegalidade, irregularidade ou prejuízo técnico pericial que possam comprometer a confiabilidade dos exames e laudos realizados", diz trecho da nota.
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Na tarde de quinta-feira (1º), o Grupo de Atuação especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) ofereceu denúncia contra 21 pessoas acusadas de torturar quatro suspeitos de matar a adolescente.
O inquérito finalizado já foi encaminhado pelo Gaeco para a Justiça.
O caso – Tayná foi encontrada morta no dia 28 de junho, um dia depois que quatro homens foram presos acusados de matar a jovem. Exames foram feitos com sêmen encontrado na garota e, segundo o Instituto de Criminalística, o material encontrado não seria de nenhum dos presos.
Os quatro acusados disseram que foram torturados no período em que ficaram presos nas delegacias da RMC. Um deles teve que ser removido para o Complexo Médico Penal com problemas de sangramento no intestino. Eles foram soltos da Casa de Custódia de Curitiba no dia 15 de julho e permanecem sob proteção do Gaeco em outros estados do Brasil.
Entre os acusados de tortura está o ex-delegado do Alto Maracanã, Silvan Rodnei Pereira, que foi preso pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) na BR-277 em Laranjeiras do Sul. (com informações do repórter Rubens Chueire Jr., da Folha de Londrina).