Dois homicídios foram registrados na região de Londrina. O jardineiro Bruno Rafael Correia de Araújo, 18 anos, foi morto com três disparos de arma de fogo na madrugada de ontem, em Cambé (13 kma a oeste de Londrina).
O amigo da vítima, Willian Nascimento Verginio, 19 anos, foi atingido por dois disparos e levado para a Santa Casa de Cambé. A Polícia Civil, que investiga o caso, ainda não possui pistas do autor do homicídio. O segundo assassinato aconteceu em Arapongas (37 km a oeste de Londrina).
O crime aconteceu do lado de fora do Centro Comunitário do Jardim União, onde acontecia uma festa de aniversário. Um amigo da vítima, que pediu para não ser identificado, prestou depoimento à polícia e disse que eles saíram da casa de Araújo, localizada no bairro Cambé II, por volta das 20 horas de domingo. Eles teriam ido ao Jardim Santo Amaro, onde tomaram ''batidas de amendoim''.
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Em seguida, os três foram até o Centro Comunitário Jardim União. Segundo o rapaz, por volta da 1h30, eles decidiram parar de dançar e foram para fora do centro. Nesse momento, conforme ele, começaram os disparos.
A testemunha, que trabalhava com Bruno no plantio de grama em São Paulo, explicou que as pessoas que estavam no local começaram a correr à procura de um lugar seguro para se protegerem dos disparos. O rapaz contou que quando encontrou Araújo, ele já estava morto.
Depois de cometer o homicídio, o autor teria continuado a disparar e atingiu Verginio com dois tiros - na região do abdômen e no braço. Ele foi atendido pelo Siate e encaminhado à Santa Casa, onde permanece internado em observação.
Alguns moradores vizinhos do salão comunitário afirmaram à reportagem que a vítima foi morta à queima-roupa por um rapaz alto, magro, que trajava roupa de cor cinza e usava cavanhaque.
Segundo um adolescente, que disse estar no baile, o acusado segurou a vítima pelo colarinho da camisa e disparou contra sua cabeça. Após cair na grama, Bruno teria levado outros dois tiros.
Outra moradora contou que são comuns os bailes no centro comunitário, mas que nunca tinha ocorrido uma tragédia como a de ontem. ''Nosso bairro já sofre discriminação por sua localidade. Agora vão dizer que só mora bandido aqui'', reclamou.
O aniversariante, Reginaldo da Silva, disse a uma emissora de TV que na festa estavam cerca de 100 pessoas e que as duas vítimas não eram suas convidadas. Ele relatou ainda que ouviu o tiro e quando saiu do salão, viu Araújo caído.
O investigador da Polícia Civil, Plínio Forcelini, informou que tão logo Verginio deixe o hospital, ele prestará depoimento, o que deverá ajudar na elucidação do crime.
Após ser liberado pelo Instituto Médico Legal (IML), o corpo de Bruno Araújo foi velado na capela mortuária de Cambé. A família não quis se pronunciar sobre a morte do rapaz.