A PCPR (Polícia Civil do Paraná) realiza nesta quarta-feira (06) uma operação de combate à falsa venda de imóveis no Litoral do Estado, que visa a desarticulação da associação criminosa envolvida. Os suspeitos utilizavam documentos falsos dos reais proprietários de terrenos, para ludibriar as vítimas que acabavam por comprar os imóveis.
Até o momento, foram presos Marcelo Lima Ferreira, o "Marcelo Pirulito", 38 anos, e Amilton Antunes de Oliveira, 53. O primeiro é funcionário da Controladoria da Prefeitura de Matinhos, o segundo seria contador e teria sido candidato a deputado estadual, não eleito, na última eleição. Há mandados de prisão preventiva contra outros dois integrantes da quadrilha, que podem ser capturados no decorrer do dia.
Além da prisão preventiva, Oliveira será autuado em flagrante por falsificação de documento público, pois em sua residência, em Curitiba, foram localizados vários documentos falsos.
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No dia 05 de novembro de 2018, a quadrilha vendeu um imóvel localizado em Guaratuba para duas vítimas, pelo valor de R$ 160 mil. Com o uso de documentos falsos, os suspeitos conseguiram ludibriar, também, os funcionários do Cartório de Matinhos, que lavraram escritura pública de compra e venda do imóvel.
Após a descoberta do golpe, no dia 02 de janeiro deste ano, as vítimas registraram um Boletim de Ocorrência na PCPR, que iniciou instaurou inquérito policial para apurar o fato.
Mesmo já estando cientes das investigações, no dia 12 de fevereiro, os suspeitos "venderam" novamente o mesmo terreno a outra vítima, desta vez pelo valor de R$ 265 mil. Conseguiram com que fosse lavrada outra escritura pública de compra e venda, desta vez no Cartório de Quitandinha.
A associação criminosa ainda é investigada sobre a autoria de outros crimes de estelionato, lavagem de dinheiro, receptação e furto de energia.
Os suspeitos com mandados de prisão preventiva são:
- Amilton Antunes de Oliveira, 53, líder da associação criminosa. Preso. Responsável pelas principais decisões, determinando quais os delitos a serem praticados, o "modus operandi", a escolha das vítimas, as atribuições dos demais integrantes e a operação de lavagem do dinheiro obtido.
- Marcelo Lima Ferreira, 38, auxiliar direto de Oliveira. Preso. Por ter acesso à Administração Municipal, é o responsável por fornecer informações privilegiadas ao líder da associação criminosa, o que facilitava a escolha das vítimas. Em virtude do seu cargo público, fornecia credibilidade às ações do grupo.
- Juscelino Paiva Queiroz, 51, e Cleiton Fabiano Bueno, 34, ainda foragidos. Responsáveis realizar delitos menores como falsificação de documento, uso de documento falso, falsa identidade, estelionatos e receptações. Seguiam as determinações do líder.
A PCPR continua efetuando diligências no sentido de prender os dois foragidos. As investigações seguem no sentido de identificar outros integrantes da associação criminosa, bem como o cometimento de outros crimes.