Quatro homens foram presos pela polícia acusados de assaltar e estuprar as vítimas em Curitiba. Desde o final de agosto, pelo menos 14 pessoas foram atacadas pela quadrilha.
De acordo com a delegada Darli Rafael, da Delegacia da Mulher, esse tipo de crime é inédito no Paraná. As vítimas eram abordadas dentro de carros no Centro de Curitiba. Os assaltantes escolhiam mulheres sozinhas ou casais.
De acordo com a polícia, o ex-presidiário Adão Marques chegava até o carro e apontava um revólver entregando um bilhete que recomendava "muita calma".
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Ele fazia com que a vítima dirigisse o carro até uma região menos movimentada da cidade e então estuprava as mulheres. Quando as vítimas eram um casal, Marques obrigava o homem a manter relações com a mulher depois que a violentava.
Depois do estupro, Marques obrigava a vítima a trazê-lo novamente para o Centro e roubava dinheiro, documentos, telefones celulares e, em alguns casos, até o carro. As vítimas relataram que ele carregava uma pasta e usava um terço com um crucifixo.
Nos assaltos, Marques era ajudado por Josias Padilha, foragido do 3º Distrito. Darcy Ferreira, fugitivo do 11º Distrito, falsificava os documentos dos carros roubados para revendê-los e também encaminhava os veículos para desmanches em Santa Catarina e Arnaldo Luiz Cabrini fornecia revólveres para os assaltos.
De acordo com o delegado do Cope, Vinícius de Carvalho, com os assaltantes foram encontrados revólveres e muita munição, inclusive para armas de uso exclusivo do exército. Adão Marques negou os crimes e disse que apenas pediu carona. Mas ele foi reconhecido pelas vítimas que prestaram queixa em quatro delegacias de Curitiba.