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Fraude em licitações

Presidente da Hemobrás é afastado após operação da Polícia Federal

Agência Brasil
09 dez 2015 às 19:39

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O presidente da Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás), Romulo Maciel Filho, foi afastado do cargo. Ele é um dos investigados da Operação Pulso, deflagrada hoje (9) pela Polícia Federal contra um grupo suspeito de fraudar licitações e desviar recursos públicos da estatal.

O diretor de Produtos Estratégicos e Inovação da Hemobrás, Mozart Sales, também foi afastado da função. O médico chegou a assumir interinamente o Ministério da Saúde, em 2012, e é descrito no site da Hemobrás como criador do programa Mais Médicos. Dois sócios de uma empresa com atuação na Hemobrás foram presos na operação, segundo a Polícia Federal.

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A operação investiga irregularidades em licitações e contratos de logística de plasma e hemoderivados, além de fraude na construção da fábrica de medicamentos da empresa em Goiana, a 60 quilômetros do Recife, que começou a ser erguida em 2010. Ligada ao Ministério da Saúde, a Hemobrás é responsável por pesquisas relacionadas ao sangue.

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A Polícia Federal afirma que, durante a operação, percebeu que diversas amostras de sangue coletado que deveria ser transformado em medicamentos contra a hemofilia e outras doenças eram armazenados de forma inadequada, o que os tornava inapropriados para a produção dos remédios.

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Foram cumpridos, ainda, 28 mandados de busca e apreensão e 29 depoimentos, mediante intimações. Ao todo, 170 policiais participaram da operação em Pernambuco, São Paulo, Minas Gerais, no Piauí e na Paraíba.


Segundo a Polícia Federal, o dinheiro que "voou" de um prédio no Recife, quando policiais chegavam ao local, foi arremessado da janela de um apartamento de Romulo Maciel Filho. Um vídeo feito no local mostra maços de dinheiro jogados no chão do estacionamento do prédio e das ruas próximas. A assessoria da PF não soube dizer a quantia jogada pela janela.

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A estatal alvo da operação tem a missão de alcançar autonomia tecnológica na produção de medicamentos derivados do sangue necessários para abastecimento de pacientes da rede pública de saúde brasileira.


Os investigados podem responder por peculato,corrupção passiva e ativa, evasão de divisas, lavagem de dinheiro e organização criminosa.


A Agência Brasil procurou a Hemobrás e o Ministério da Saúde, que ainda não se manifestaram.

Edição: Maria Claudia


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