Uma equipe da Delegacia de Estelionato e Desvio de Cargas (DEDC) prendeu um homem, em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, na quarta-feira (22), suspeito de ter aplicado golpe do bilhete premiado e levado cerca de R$ 400 mil. Segundo o delegado operacional da delegacia, Rodrigo Brown, a vítima teria entregado US$ 100 mil e mais R$ 200 mil em barras de ouro para dois golpistas, no final do mês passado. "A vítima acreditou que compraria um bilhete premiado no valor de R$ 4 milhões", contou o delegado.
O delegado informou à AEN que Abelardo João Kluch, 47 anos, fez o papel de um homem humilde e ingênuo que pediu ajuda para a vítima para encontrar uma lotérica, onde pegaria o dinheiro do prêmio. "Nesse meio tempo, apareceu outro homem, que fingia ser alguém esclarecido e que oferece o negócio para o rapaz", informou Brown.
A polícia contou que, durante o golpe, o homem que influencia a vítima ainda simula um telefonema para uma lotérica, confirmando os números, o que comprovaria a autenticidade do prêmio. "Depois de supostamente confirmar que o prêmio é verdadeiro, o dono do bilhete pede uma garantia para entregar o bilhete. Então, a vítima vai até o banco e saca a quantia. Nesse último caso, ela retirou do cofre as barras de ouro e os dólares que guardava", explicou o delegado.
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O homem que compraria o bilhete premiado junto com a vítima também entrega uma mala cheia de recortes de papel, com as mesmas medidas de cédulas. "Em cima desses montes de papel há cédulas de verdade, parecendo que há muito dinheiro", esclareceu.
Ganância – Segundo Brown, quando a vítima vai tentar retirar o prêmio descobre que tudo não passou de um golpe. "As pessoas precisam tomar cuidado com os golpes. O que leva as vítimas a caírem nesses golpes é a ganância. É bom tomar cuidado. Vamos continuar as investigações para prender o outro homem que participou do esquema", disse o delegado.
Na casa Kluch foram encontrados cinco dólares e vários recortes de papéis usados para aplicar o golpe. Ele foi autuado por estelionato e já foi reconhecido pela vítima, que prefere não se identificar. "Kluch continua negando que aplicou o golpe. Provavelmente com a divulgação desta prisão mais vítimas aparecerão", destacou Brown.