Uma equipe da Delegacia de Estelionato e Desvio de Cargas (DEDC) desmantelou, na tarde de terça-feira (07), uma quadrilha acusada de usar documentos de idosos para emprestar dinheiro em várias cidades do Brasil. Segundo o delegado-chefe da DEDC, Marcus Vinicius Michelotto, Silvia Sofia Pereira Ramirez, 47 anos, Silvana Vicelli, 43, Clodoaldo Sobral da Silva, 40, e Edison Luis dos Santos, 43, são suspeitos de ter enganado centenas de pessoas, nos três estados do Sul, em mais de dois anos.
De acordo com o delegado, a quadrilha visitava as casas e se passavam por vendedores. "Muitas vezes eles falavam que vendiam filtros de água e argumentavam que precisariam dos documentos dos idosos", explicou o delegado. A polícia conseguiu provas de que, pelo menos, 50 pessoas foram vítimas do golpe, mas acredita que o número chegue a centenas.
O modo de atuação do grupo, segundo a polícia, era conseguir cópias dos documentos dos idosos e, assim, fazer documentos falsos. "Eles abriam contas, emprestavam dinheiro e faziam compras", disse Michelotto.
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Segundo o delegado Vinicius Carvalho, que investigou o caso ao lado de Michelotto, a polícia apreendeu vários documentos de identidade que seriam usados em novos golpes. Entre eles, estão carteiras de identidade falsificadas com fotos de cinco pessoas que estão foragidas, quatro ainda não identificadas. A polícia já identificou pelo menos uma pessoa que aparece nas falsificações. Suelen Francine de Oliveira tem seis carteiras de identidade falsificadas, com nomes de terceiros. "Como ainda estamos com muitas carteiras de identidade com a foto de cada uma destas pessoas, não dá para saber qual é legítima ou até se existe alguma legítima. Só divulgando a foto dessas pessoas poderemos descobrir quem realmente são", afirmou Michelotto.
O delegado Carvalho informou que os envolvidos nos golpes foram autuados em flagrante por estelionato, falsificação de documento público, falsidade ideológica e formação de quadrilha. "A Delegacia de estelionato continua investigando a quadrilha, pois inúmeros documentos apreendidos serão verificados e se comprovadas outras participações, poderão ocorrer novas prisões", concluiu o delegado Michelotto. (AEN)