Um professor auxiliar de uma escola particular foi condenado pela Vara Criminal e Campo Largo por estupro de vulnerável e pornografia infantil a 41 anos de prisão na última sexta-feira (17). Segundo a denúncia do MP (Ministério Público), ele se aproveitaria da posição para obrigar alunos a praticarem atos libidinosos com ele, além de registrar os abusos.
O caso foi descoberto após a Polícia Civil do Paraná ser avisada em janeiro, por autoridades policiais norte-americanas, do armazenamento dos vídeos e fotos do denunciado no Google Photos e Google Drive, espaços da internet que não são detectados por mecanismos comuns de busca.
Logo ao ser notificado, a 2ª Promotoria de Justiça em Campo Largo abriu procedimento para apurar o caso e pediu a prisão preventiva do então suspeito, bem como a busca e apreensão dos aparelhos eletrônicos, o que foi deferido pelo Judiciário.
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Com o andamento das investigações, foram confirmados dois casos de violência, além de vários armazenamentos e produção de pornografia infantil ocorridos em novembro e dezembro de 2022 e também em janeiro de 2024, em escola da cidade onde o agressor trabalhava, contra duas vítimas, de 5 e 10 anos de idade.
Ainda em fevereiro, a Promotoria apresentou a denúncia criminal e, no dia 17 de maio, saiu a sentença condenatória proferida pela Vara Criminal de Campo Largo – menos de cem dias desde a primeira notificação do fato e um dia antes do 18 de maio, Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.
Como já se encontrava preso preventivamente desde janeiro, o homem seguirá detido, agora para o cumprimento da pena de reclusão em regime fechado. Por envolver crianças, o processo tramita sob sigilo absoluto. Cabe recurso.