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Operação do Gaeco

Quadrilha usava carros de luxo para transportar drogas

Agência Estado
27 nov 2014 às 21:49

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Uma operação de combate ao tráfico de drogas, comandada pelo Ministério Público Estadual (MPE) de Mato Grosso do Sul, cumpriu 21 mandados de prisão e 15 de busca e apreensão em três Estados nesta quinta-feira, 27.

Na capital paulista, um dos mandados de busca aconteceu dentro de uma cela do Centro de Detenção Provisória (CPD) 4 de Pinheiros, na zona oeste, onde foram apreendidos um celular, um chip e documentos.

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Ainda em São Paulo, um dos alvos dos mandados de prisão ficou ferido enquanto tentava escapar de promotores de Justiça e de policiais militares.

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Segundo o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), o homem pulou de uma altura de sete metros e quebrou a perna ao cair.
Ele não teve a identidade revelada. Os promotores do caso também não informaram o local do acidente nem o hospital para onde o acusado foi levado - ele aguarda cirurgia sob escolta policial, segundo o Gaeco.

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Outro mandado de prisão cumprido em São Paulo era de uma pessoa que já estava presa, ainda de acordo com o Gaeco. As ações no Estado também aconteceram na cidade de Barrinha, a 337 quilômetros da capital paulista.


Dublês

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A organização criminosa investigada pelos promotores sul-mato-grossenses usava carros dublês de luxo - veículos roubados ou furtados que eram alterados para parecer automóveis regularizados - para circular pelo País. Por isso, a operação foi batizada de "Dublê".


Os veículos, segundo o MPE de Mato Grosso do Sul, eram fornecidos à quadrilha pelo Primeiro Comando da Capital (PCC). A facção que comanda os presídios paulistas dava os automóveis como parte do pagamento de drogas que comprava desses fornecedores.

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Além dos mandados de busca e apreensão, que fornecerão subsídios à investigação, e das prisões dos suspeitos, a promotoria obteve autorização da Justiça para sequestrar nove veículos usados pela quadrilha e um imóvel.


Em Goiás, o MPE local cumpriu oito dos dez mandados de prisão determinados pela Justiça. Lá, os promotores apreenderam uma arma, R$ 7 mil em dinheiro e registros de transporte de veículos em poder de um dos investigados. A Polícia Militar goiana chegou a levar um cão farejador para uma transportadora que também foi alvo da operação, mas o animal não encontrou entorpecentes.

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Investigação


O Ministério Público de Mato Grosso do Sul informou, por nota, que "as informações que deram início aos trabalhos eram de que um goiano estabelecido em Coronel Sapucaia (MS) estaria remetendo mais de duas toneladas de maconha por mês para Goiás e São Paulo".

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Para o transporte da droga eram usados veículos de luxo "que eram descarregados em Dourados (também em Mato Grosso do Sul) e seguiam para a fronteira (com o Paraguai) para serem preparados e retornarem com cargas de maconha".


O goiano citado no texto, de acordo com o MPE, foi assassinado depois de a investigação ter início. Entretanto, a mãe dele assumiu os negócios e continuou com o tráfico, com a ajuda de um sobrinho.

Durante as investigações da quadrilha, 20 pessoas foram presas em flagrante, portando cerca de 8 quilos de maconha. Eles tinham 14 carros - oito deles, dublês.


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