Com 30 anos atuando na área policial, o secretário de Segurança Pública do Estado, José Tavares, que está deixando o cargo nesta semana, admite que melhorar a repressão policial não é o caminho para combater o aumento da criminalidade. ''Estamos enxugando gelo'', ironiza. Acumulando também, desde 2000, a Secretaria de Justiça, Tavares acredita que isso facilitou a execução do seu trabalho.
Entre os pontos positivos da gestão, Tavares destaca a construção de sete presídios, aumentando para 17 o total no Estado e ampliando para 4 mil vagas para presos condenados. Além disso, diz que investiu na frota de veículos, conseguiu viabilizar a locação de dois helicópteros, a R$ 180 mil/mês, informatizou a Polícia Civil e proporcionou mais apoio para a Polícia Científica, com a compra de equipamentos que permitiram a montagem de um Laboratório Forense de DNA em Curitiba, um dos três do Brasil.
No aspecto negativo, estão o encerramento da gestão sem conseguir diminuir o nível de criminalidade, que aumentou de maneira geral no Paraná, e com cadeias e distritos policiais superlotados.
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De férias a partir de agora, informa que pretende repensar o retorno à carreira parlamentar, da qual fez parte durante 20 anos consecutivos, entre deputado estadual e federal. Planeja também a mudança de partido político - atualmente está no PFL, mas pode voltar ao PMDB. Além disso, ainda sonha ser prefeiro de Londrina. ''Seria um orgulho e talvez tente mais uma vez'', referindo-se às duas tentivas anteriores.
Leia a entrevista com José Tavares na Folha de Londrina deste domingo