O sequestrador Joelson Gomes Ferreira, 28 anos, se rendeu às 14h02 desta sexta-feira (11). Ele mantinha a ex-mulher como refém desde a manhã de quinta-feira, em Joaquim Távora, no
Norte Pioneiro. Após 31 horas de negociação, o mototaxista pediu que fosse preservada sua integridade física e também que não tivesse qualquer tipo de contato com a população.
O comandante do Batalhão de Operações Especiais (Bope), tenente-coronel Nerino Mariano de Brito, disse que para se entregar o sequestrador exigiu a presença do advogado e do negociador, o capitão do Bope Marco Antonio da Silva, com quem após as sucessivas horas de conversa criou um vínculo.
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Os policiais do Bope entraram na casa, fizeram uma varredura em busca da arma usada por ele e também atrás do suposto explosivo e então o homem se rendeu. Ele foi colocado em uma viatura do Bope e levado para prestar depoimento na delegacia da cidade. Joelson usava um revólver calibre 38 e tinha 26 munições.
A mulher, para evitar constrangimento, foi atendida e saiu da casa em uma ambulância do Siate. Ela passa bem.
O cárcere começou no início da manhã de quinta-feira. Insatisfeito com o fim do relacionamento, há cerca de três anos, o homem saiu de Curitiba e de táxi foi até Joaquim Távora. Por volta das 7h, ele rendeu a ex e fez pessoas da família dela como reféns.
Durante a tarde de ontem, uma garota de 13 anos, sobrinha da mulher, foi liberada da casa. No início da noite foi a vez da sogra ganhar liberdade. Por volta das 7h de hoje, Joelson libertou o filho de apenas 5 anos, que também estava sendo mantido como refém. Em troca da liberação do garoto, a polícia cedeu um lanche para a ex-mulher do sequestrador.
O coronel Nerino de Brito disso que o homem e o filho passaram a noite jogando videogame, enquanto a ex dormia. Joelson mantinha contato a cada 40 minutos com o negociador. O comandante do Bope contou o que Joelson falava.
"Ele temia pela vida, não queria ser alvo de disparo. Por diversos momento fazia alusão de que queria acabar com a situação o mais rápido possível".
Durante as conversas por telefone celular, o capitão Marco garantiu o tempo todo que a integridade física do sequestrador seria mantida. Na manhã de hoje, já com a presença do advogado designado pela família, o mototaxista tomou conhecimento das implicações processuais.
Joelson Gomes Ferreira foi levado para a delegacia da cidade, onde ficará preso. Ele deve responder processo por cárcer privado e porte ilegal de arma. (com colaboração da repórter Micaela Orikasa, da Folha de Londrina)