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Preso em Pinhais

Suspeito assume sequestros de crianças no Paraná

Redação Bonde com SESP/PR
01 nov 2011 às 18:09

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- Carlos Antonio Soares/SESP
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Policiais do Serviço de Investigações de Crianças Desaparecidas (Sicride) prenderam, na manhã desta terça-feira (1º), o suspeito de raptar meninas em Curitiba. O caso mais recente seria o de uma garota de 6 anos, no dia 23 do mês passado, no Passeio Público, no centro da capital. A prisão de Uriel do Nascimento, 45 anos, ocorreu graças a denúncia a Guarda Municipal de Pinhais, região metropolitana de Curitiba, por volta das 22 horas, na segunda-feira (31). Guardas entraram em contato com policiais do Sicride, que levou o criminoso até a unidade para reconhecimento.

De acordo com a delegada do Sicride, Ana Cláudia Machado, Uriel foi visto por populares quando mexia no lixo, em Pinhais. Ao notarem a semelhança com o retrato falado do suspeito divulgado na mídia, comunicaram a Guarda Municipal, que fazia patrulhamento no local. O homem foi encaminhado a Delegacia de Pinhais até a chegada dos policiais do Sicride.

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Após ser reconhecido oficialmente no Sicride e, ao ver os vídeos em que passeava com meninas raptadas, ele mesmo disse ser o homem que estava nas imagens. "Ele assumiu ter pego as três vítimas e ainda afirmou ter havido vários outros casos de meninas raptadas que não quiseram segui-lo, por isso, eram abandonadas no centro da cidade, por exemplo", conta.

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Diante dos fatos, a polícia pediu um mandado de prisão e um mandado de busca e apreensão na casa onde Uriel morava sozinho. No local, foram encontrados o moletom que ele aparece no vídeo em que passeia com a menina de 6 anos dentro de um supermercado, e um colete que a garota vestia, sujo de sêmen humano. Segundo a delegada, o material genético será examinado pela perícia. O suspeito teria assumido que o esperma era dele, mas alegou não ter abusado da vítima.

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MATAGAL: Uriel também disse ter levado a garota de 6 anos a um matagal, na BR 277, saída para Campo Magro, região metropolitana de Curitiba. Durante a vistoria, acompanhada por peritos do Instituto de Criminalística, foi encontrada uma garrafa de pinga, que o suspeito afirmou ter bebido porque precisava daquilo "para tomar coragem" e consumar o ato de conjunção carnal.


A calcinha da menina também foi encontrada no matagal. O suspeito justificou o fato dizendo que ela teria feito suas necessidades fisiológicas e, por isso, não queria levar a peça "suja" dentro do ônibus por causa do mau cheiro.

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RECONHECIMENTO: Ana Cláudia comenta que os exames físicos feitos na menina de 6 anos não revelaram conjunção carnal. A garota já passou por três sessões com psicóloga e ainda não apresentou detalhes sobre o que ocorreu no período que foi raptada. "Ela reconheceu sua imagem no vídeo no supermercado e a do suspeito, inclusive, mesmo ao mostrarmos fotos de homens parecidos com ele, foi enfática em manter a decisão."


Exatamente um ano atrás, outra menina de 8 anos teria sido raptada por Uriel em uma galeria da capital. Outro caso divulgado é o de uma garota de 4 anos que também seria outra vítima e teria afirmado que o suspeito também a levara a um matagal para ver um "macaquinho" e que ele quis beijá-la. Em nenhuma dessas situações, o suspeito passou a noite com as crianças. A delegada pede à população que fique atenta à foto do suspeito, porque várias outras meninas podem ter sido vítimas do criminoso.

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XUXA: O suspeito afirmou usar o nome da apresentadora infantil Xuxa, dizendo que iria levar as meninas até o programa. Também comentou que mostrava dinheiro para as vítimas, alegando que ia comprar doces e brinquedos caso fossem com ele.


Além da suspeita pelos crimes contra as meninas, Uriel também já teve passagem pela polícia por falsidade ideológica, roubo, furtos e estelionato. Todos foram registrados em São José do Rio Preto e Bauru, interior de São Paulo. Atualmente, ele vivia em Pinhais, trabalhava em um ferro-velho e vendia latinhas que pegava nas ruas. Diante de tal ficha, o Sicride também pediu para que o Instituto de Identificação verificasse a autenticidade da identidade do suspeito apresentada para a polícia.


A delegada conta que as três vítimas e todas as testemunhas reconheceram Uriel. Os próximos passos da investigação serão examinar o frasco de pinga encontrado no matagal, junto com a calcinha na menina de 6 anos, mais o colete que contém material genético. Serão colhidas amostras de sangue do suspeito, que agora aguarda decisão da Justiça preso no Centro de Triagem II, em Piraquara.

O Sicride pede para que se tiver alguma denúncia a fazer sobre a participação de Uriel em algum outro crime, que ligue para (41) 3224-6822.


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