Uma equipe da Policia Civil de São Jose dos Pinhais, Região Metropolitana de Curitiba, prendeu, na terça-feira (23), um traficante que fazia usuários de drogas reféns. Segundo a polícia, Edson Luiz da Cruz, 21 anos, comandava uma rede de traficantes, no bairro Quississana. Além de vender a droga, Cruz costumava prender os usuários em um cativeiro para pedir um valor em dinheiro para família em troca da liberdade do consumidor. O traficante fugiu da Colônia Penal Agrícola, no fim de 2006, onde cumpria pena por roubo, desde 2005.
De acordo com o superintendente Altair Ferreira Pinto, a polícia conseguiu descobrir o grupo de traficantes através do pai de uma vítima. No último final de semana, um dependente químico, de 20 anos, foi seqüestrado pelo bando, quando foi adquirir a droga. Durante os dois dias que ele ficou no cativeiro, seu pai distribuiu cartazes com a foto do filho pela cidade e registrou queixa de desaparecimento. Depois do segundo dia, a família passou a receber ligações dos traficantes, que exigiam R$ 3 mil em dinheiro para liberá-lo. Atendendo as ameaças dos traficantes, a família pagou a quantia exigida.
A polícia conseguiu localizar o cativeiro, no bairro Quississana. Houve troca de tiros no local e um tiro atingiu a perna de Edson, que está internado no hospital Cajuru. Os outros traficantes que estavam no local conseguiram fugir durante o tiroteio, mas foram identificados e tiveram prisão preventiva decretada.
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Duas vítimas do mesmo crime foram até a delegacia prestar depoimento. Elas afirmaram que os traficantes pediam de R$ 3 a R$ 5 mil para liberar os usuários de drogas. Em um dos casos, a vítima foi com a namorada comprar droga e os traficantes prenderam a mulher no local. O usuário foi liberado, junto com o carro, para que buscasse dinheiro para liberar a namorada.
O superintendente Altair Ferreira Pinto afirmou que ainda podem existir outras vítimas. "A quadrilha seqüestrava os usuários que pertenciam a famílias com bom poder aquisitivo. Os traficantes intimidavam os familiares para não registrarem queixa na polícia, caso contrário ia se tornar público que o refém era dependente químico, além da ameaça de morte", finaliza Ferreira. (AEN)