Ladrões aproveitaram as festas de fim de ano, quando muitos paulistanos viajam, para praticar arrastões em três edifícios na capital. O primeiro aconteceu na madrugada de terça-feira, 31, na Pompeia, na zona oeste. Outros dois foram registrados logo depois da virada do ano, em prédios no Morumbi e no Itaim-Bibi, na zona sul. Nos três casos, os ladrões levaram principalmente joias.
Em 2012, a polícia informou que houve 19 arrastões em São Paulo. O balanço do ano passado não foi divulgado. Mas, até setembro, já haviam ocorrido pelo menos 12 casos. O recorde havia sido alcançado em 2010, quando 24 prédios foram alvo dos assaltantes.
O arrastão da Pompeia, em um edifício de 12 andares, localizado em uma travessa da Avenida Heitor Penteado, só foi percebido pelo porteiro na manhã da véspera de ano-novo, quando ele foi levar os jornais e encontrou cinco portas arrombadas. Pelo menos seis apartamentos foram invadidos. Em todos, os moradores estavam viajando. O porteiro não soube dizer como os ladrões entraram. Em uma das residências, os assaltantes entraram pela janela.
Leia mais:
Suspeito de agredir companheira grávida com um chinelo é preso em Apucarana
Homem é agredido após tentar ajudar mulher que estava sendo seguida em Apucarana
Criminosos abordam motorista de caminhão com tiros e tentam roubar carga no Noroeste do Paraná
Homem perde parte da orelha em briga generalizada no centro de Arapongas
Segundo a amiga de uma das moradoras, que identificou os itens levados de um dos apartamentos, os assaltantes buscavam joias. Eles deixaram notebooks para trás e souberam diferenciar peças valiosas de bijuterias, que também não foram levadas pelos bandidos.
O segundo caso aconteceu 42 minutos depois da virada do ano, em um edifício na Rua Aldívia de Toledo, no Morumbi, zona sul. Um porteiro de 25 anos contou a policiais que foi rendido por quatro homens armados que o agrediram e depois o amarraram na portaria. Os ladrões também se concentraram na busca por joias.
Com o porteiro rendido, os assaltantes subiram a quatro apartamentos que estavam vazios e roubaram diversos objetos. Antes de saírem, eles levaram a unidade central de processamento onde estavam registradas as imagens do assalto. Também roubaram o celular do porteiro e fugiram em um Captiva preto. O porteiro disse aos policiais que os assaltantes devem ter entrado no edifício pelos fundos, uma vez que não passaram pela portaria.
O terceiro caso foi registrado em um prédio na Rua Japão, no Itaim-Bibi, também na zona sul, às 5h20 do primeiro dia do ano. Os três apartamentos furtados estavam vazios. Os ladrões levaram dinheiro e joias.
Roubo a domicílios
Pesquisa de vitimização feita pelo Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper) mostra que a porcentagem de pessoas assaltadas em seu domicílio permaneceu a mesma entre 2003 e o ano passado. Foram roubados em suas casas 1,3% dos entrevistados, mesma proporção verificada há dez anos. Conforme a pesquisa, 84,3% das vítimas estavam na residência no momento do assalto. Do total de vítimas de assalto a residência, apenas 34% registraram o caso na polícia.