O processo que levou à definição do candidato a vice na chapa presidencial encabeçada pelo tucano José Serra foi marcado por "equívocos", admitiu hoje o ex-governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB). Apesar de reconhecer o desgaste com a crise aberta pela indicação do senador Alvaro Dias (PSDB-PR) para a vaga, em detrimento de um nome do DEM, Aécio ressaltou que os problemas não são insanáveis. O ex-governador mineiro disse que foi convocado por Serra ontem para participar de uma reunião em São Paulo que avançou pela madrugada para "reorganizar as relações" entre os dois partidos. Ele elogiou o nome do deputado federal Indio da Costa (DEM-RJ), apontado como o novo vice de Serra e aprovado na convenção nacional do partido.
"Se você me perguntar se houve equívocos no encaminhamento, houve equívocos. Se eles são insanáveis? Longe disso", afirmou Aécio, após participar do anúncio do presidente da Assembleia de Minas, Alberto Pinto Coelho (PP), como vice na chapa do governador tucano Antonio Anastasia (PSDB), candidato à reeleição. Em Minas, o DEM também reivindicava o posto, mas foi preterido e participará da chapa majoritária indicando um nome para a primeira suplência de Aécio, que irá disputar uma cadeira no Senado.
O ex-governador ressaltou a diferença entre a negociação conduzida por ele no Estado e a articulação nacional. Segundo ele, a partir do momento em que a aliança foi construída, não há diferenciação entre os partidos. "Somos um grupo político, todos são tratados absolutamente de forma isonômica. Todos esses partidos terão espaços no governo."
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Para Aécio, contudo, o "momento de distanciamento" entre PSDB e DEM está superado. "O pior seria que ninguém quisesse indicar o candidato." O mineiro ainda classificou como "muita adequada" a escolha de Indio da Costa. "Trata-se de um nome que sinaliza para a renovação da política brasileira, com extrema qualidade", disse.