No dia que antecedeu a última possibilidade de acordo entre o governo federal e os Estados na questão da reforma tributária - antes da conclusão do relatório -, o governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), endureceu o discurso.
Aécio cobrou o cumprimento da parceria proposta pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e disse que, se não houver entendimento político com o governo, deverá haver embate no Congresso, o que tornará incerto o desfecho da reforma.
"Se caminharmos de forma desunida para essa discussão no Congresso, não sabemos que fim teremos", disse ele.
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Questionado se o governo está aberto à negociação, depois de conversar no final de semana com o ministro Antonio Palocci Filho (Fazenda), o governador tucano disse: "Espero que sim, porque fomos chamados no início do ano pelo presidente da República para construirmos uma parceria".
Ele cobrou abertamente uma compensação pelo recuo do governo na reforma da Previdência. Disse que os Estados foram "atropelados" porque o governo colocou sobre o ombro dos governadores o ônus da manutenção" do texto inicial. Os Estados cederam, segundo Aécio, para "retomar o clima de confiança".
"Será uma grande decepção se o governo federal não compreender que os governadores são parceiros, e não podem, mais uma vez, ser caudatários de decisões tomadas de forma centralizada."