Com atuação discreta no Congresso, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) engrossou a voz em seu Estado natal nesta sexta e reforçou a postura de pré-candidato para a disputa presidencial de 2014. Em meio a aplausos e gritos de apoio da claque em encontro do partido em Belo Horizonte, ele fez duras críticas à administração petista no governo federal e salientou que "chegou a hora de Minas, de verdade". Em 2010, o mineiro foi preterido pelo partido, que optou pela candidatura do ex-governador paulista José Serra.
Sem assumir abertamente a candidatura, Aécio, ressaltou nesta sexta, em discurso, que não sabe "o que o destino preparou para cada um de nós no futuro, tampouco para mim próprio". Mas agradeceu pelo incentivo dos correligionários. "Vocês não sabem o que significa para mim cada olhar de confiança, cada abraço, cada estímulo e cada palavra de confiança. O Brasil inteiro está com os seus olhos voltados para Minas. Uns torcendo a favor, outros apreensivos e alguns também torcendo contra", afirmou.
No discurso para prefeitos, vereadores e pré-candidatos para as eleições de outubro, o tucano criticou o que considera "a mais perversa concentração de recursos nas mãos da União e desprezo absoluto para com os municípios" e pediu empenho para o pleito, indicando que este é o primeiro passo para chegar ao Palácio do Planalto. "Além da eleição de cada um dos prefeitos e vereadores do PSDB, está em jogo, sim, o início de uma grande e bela caminhada por esse Brasil inteiro", bradou.
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Declarou ainda que Minas, Estado que administrou por oito anos e que agora tem no Executivo o tucano Antonio Anastasia, é "referência para o Brasil e mundo" porque "tem metas e resultados". E conclamou os correligionários a "desdobrar" os esforços "para dizer chega de PT, chega de falácia, chega de corrupção".
Na semana passada, o presidente do diretório nacional do PSDB, deputado federal Sérgio Guerra (PE), confirmou que o candidato a presidente da legenda em 2014 será escolhido por meio de prévias. Porém, declarou que o mineiro tem "visão contemporânea" e que não há "nenhuma força no PSDB hoje que faça oposição ao Aécio".