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Emendas ao Orçamento

Aliados do governo na Câmara ameaçam parar votações

Agência Estado
28 jun 2011 às 17:19

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Os aliados da presidente Dilma Rousseff na Câmara deram um ultimato ao governo e ameaçam parar as votações na Casa se não for prorrogado o decreto que cancela em 30 de junho as emendas parlamentares ao Orçamento de 2009 e que não foram liberadas. O recado foi dado à ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, em almoço com os líderes dos partidos da base. A ministra avisou aos aliados que a decisão atual é a de não prorrogar o decreto.

Os líderes da base consideram que a solução desse impasse será determinante para o sucesso ou não da coordenação política da presidente Dilma. "Ideli mostrará que tem poder ou não dependendo dessa decisão. Se prorrogar o decreto, a ministra mostrará que tem poder para bancar a base. Se não resolver, acabou", disse um governista participante da reunião.

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Apesar das ameaças, os aliados decidiram dar um voto de confiança à ministra e aprovar hoje as novas regras de licitação para as obras da Copa e da Olimpíada, o chamado Regime Diferenciado de Contratações Públicas (RDC). Setores da base articulam, no entanto, uma estratégia para deixar alguns pontos do texto pendentes de votação para serem concluídos amanhã, como forma de mostrar mais pressão.

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Ao avisar que a decisão atual é a de não prorrogar o decreto dos restos a pagar de emendas parlamentares, a ministra argumentou que a equipe econômica avalia não haver possibilidade de liberar esses recursos que são destinados a obras nos municípios.

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"Se não prorrogar, não tenho como controlar a base", disse o líder do governo, Cândido Vaccarezza (PT-SP), à ministra, segundo relato dos presentes. "Vai sair mais caro para o governo não liberar esse pagamento do que pagar para ver. Os líderes estão dispostos a votar projetos que custarão mais à União do que a liberação do dinheiro de emendas", disse outro governista participante da reunião.


Gastos

Na prática, os líderes avisaram que, se não prorrogar o decreto, vão votar o projeto que regulamenta os gastos da União, dos Estados e dos municípios com a área de saúde, conhecido no parlamento como emenda 29, e a votação da proposta de emenda constitucional que cria o piso salarial nacional para as polícias civil, militar e bombeiros, chamada de PEC 300. O dinheiro das emendas já foi empenhado, argumentam os líderes da base.


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