Em pronunciamento nesta segunda-feira (10), o senador Alvaro Dias (PSDB-PR) apontou indícios de superfaturamento e irregularidades nas obras de reforma do Palácio do Planalto e também na ampliação da refinaria Getúlio Vargas, no município de Araucária.
Alvaro Dias disse que o Tribunal de Contas da União (TCU) denunciou desvios de R$ 1,4 bilhão nas obras de expansão da refinaria e que a Polícia Federal (PF) investiga o caso. O senador anunciou que vai encaminhar ofício à PF e requerimento à Mesa do Senado pedindo cópia do inquérito, cuja investigação conta até com interceptação de conversas telefônicas.
O parlamentar informou que vai requerer à Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI) que seja realizada audiência pública sobre as irregularidades encontradas na execução das obras na refinaria Getúlio Vargas. Devem ser convidados o ministro do TCU Valmir Campelo, o secretário de Fiscalização de Obras do tribunal, Eduardo Nery, e o delegado da PF Felipe Hayashi.
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"O Senado tem responsabilidades, tem de ser a caixa de ressonância da sociedade indignada. O que a sociedade quer saber? Se existe o desvio de R$ 1,4 bilhão. Se o Tribunal de Contas, com auditores qualificados, atesta que há desvios, quem são os responsáveis pelos desvios? O crime existe, mas quem é o criminoso? Nós não podemos permitir que se consagre no Brasil a estratégia de admitir que o crime existe, mas o criminoso não existe", afirmou.
Quanto às obras de reforma do Palácio do Planalto, Alvaro Dias disse que nota técnica da Secretaria de Controle Interno da Presidência da República mostrou que o custo do empreendimento passou de R$ 78 milhões para R$ 112 milhões. Ele voltou a pedir que a Mesa do Senado inclua na pauta de votações do Plenário requerimento que apresentou no início do ano pedindo esclarecimentos ao TCU sobre as irregularidades na reforma do Palácio do Planalto.
"São os aditivos inconfessáveis que promovem o superfaturamento descarado de obras públicas no Brasil, desta feita, no Palácio do Planalto. O processo de reforma do palácio é repleto de casos estranhos", disse Alvaro Dias.