Os senadores tucanos Alvaro Dias e Osmar Dias não se intimidaram com o ultimato do presidente nacional do PSDB, deputado José Anibal (SP). O partido deu prazo até a próxima terça-feira para os irmãos Dias retirarem as assinaturas do requerimento de criação da CPI da Corrupção. Se não recuarem - ou não deixarem o ninho tucano voluntariamente - serão expulsos.
Na reunião da executiva, terça-feira à noite, o partido fechou questão contra a CPI da Corrupção, para investigar a gestão do presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). A próxima reunião da executiva nacional do partido será da terça-feira, quando também será esperada a resposta final dos irmãos Dias.
Os paranaenses garantiram que não vão deixar o partido enquanto não sair uma decisão oficial. A bancada estadual suspeita que o processo de afastamento dos tucanos seja uma articulação capitaneada nos bastidores por Richa e Scalco, e pelo prefeito de Curitiba, Cassio Taniguchi (PFL). O objetivo seria tomar o partido e viabilizar uma candidatura à sucessão de Jaime Lerner (PFL), mantendo o grupo no poder.
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Richa saiu do PSDB em 97, quando o diretório se recusou a aceitar o ingresso de Jaime Lerner. Richa e Scalco negam que tenham planos de retornar à política mas, nos bastidores, estariam articulando, entre outras possibilidades, a candidatura do vice-prefeito de Curitiba, Beto Richa (PTB), filho de José Richa.
Osmar e Alvaro se reuniram com o líder da bancada tucana no Senado, Sérgio Machado (CE), que repassou o ultimato da executiva. O encontro foi rápido. José Anibal não compareceu. Osmar quer um documento que formalize a decisão. Garantiu que não retira a assinatura. Alvaro também vai esperar até terça-feira. "Não há respaldo legal".
Anibal não parece disposto a recuar. Disse que trata-se de uma "decisão política". Na manhã desta quinta-feira, Alvaro, presidente do PSDB no Estado, reúne-se com a executiva estadual para tratar do assunto e dar satisfações.
Leia mais em reportagem de Maria Duarte, na Folha do Paraná/Folha de Londrina desta quinta-feira