O deputado André Vargas não compareceu à reunião do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar nesta terça-feira (29). Segundo os advogados do parlamentar, o Conselho está descumprindo determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) de garantir vista integral do processo à defesa.
O presidente do Conselho de Ética, deputado Ricardo Izar (PSD-SP), contestou as alegações da defesa de Vargas e afirmou que, desde o início, foi garantido acesso ao processo, mas não a sua cópia, já que o caso tramita em segredo de justiça.
Assim como André Vargas, duas testemunhas de defesa também não apareceram, alegando problemas de agenda. O conselho ouviria o coordenador operacional da Arquidiocese de Aparecida, Denir Campos, e o consultor jurídico do Ministério da Saúde Fabrício de Oliveira Braga.
Leia mais:
Câmara aprova castração química para condenados por pedofilia
Um sucesso, diz médico de Lula sobre procedimento na cabeça para evitar novos sangramentos
Alep adiciona oito mil sugestões populares ao orçamento do Paraná
Previsto no Lote 4, Contorno Leste deve ficar para depois de 2030
Como o deputado foi convidado várias vezes a depor e não apareceu, o relator do processo, deputado Júlio Delgado (PSB-MG) deu por encerrada a fase de instrução.
O relatório será apresentado no prazo regimental de dez dias, contados a partir desta quarta-feira (30). Caso o documento conclua pela quebra de decoro parlamentar, André Vargas pode perder o mandato de deputado.
Investigado por envolvimento com o doleiro Alberto Youssef, preso pela Polícia Federal suspeito de participação em um esquema que movimentou mais de R$ 10 bilhões, Vargas está desfiliado do PT desde que o escândalo estourou.