A chapa única apresentada pelo vereador Francisco Leônidas Carneiro (DEM) foi eleita por unanimidade para assumir a presidência da Câmara Municipal de Ortigueira (113 km ao sul de Apucarana), nos Campos Gerais do Paraná. A votação ocorreu durante a manhã desta quarta-feira (3) com participação dos onze parlamentares. Carneiro está no quarto mandato. Como vice, permanece o vereador Nivaldo de Oliveira Mello (PRB). A eleição para primeiro e segundo-secretários está marcada para a próxima segunda-feira.
A escolha do novo comandante do Legislativo precisou ser agendada após o assassinato do ex-presidente João Batista Luiz Borges (PSDB) no dia 18 de julho. Ele foi morto com um tiro na cabeça após ser levado por dois homens armados da própria residência, na zona rural de Ortigueira. Os assaltantes fugiram em um Uno roubado e até agora não foram presos. O delegado que conduz as investigações, Rafael Souza, disse que já identificou os homicidas, mas não revelou nomes e mais detalhes sobre o caso.
Em abril, outro vereador da cidade também foi assassinado. Rafael Ribeiro Costa (PTN) foi atingido por vários disparos de arma de fogo. As duas vagas deixadas por Batista e Costa foram ocupadas pelos suplentes Cláudio Jaime de Lima (PTN) e Cláudio Pereira (PSDB), respectivamente. O novo presidente da Câmara de Ortigueira comentou que 'o clima entre os parlamentares está mais tranquilo, mas todo cuidado é pouco. Precisamos ter cuidado por onde andamos'.
Leia mais:
Indiciamento de Bolsonaro alavanca outras candidaturas de direita no Brasil
Bolsonaro rebate Eduardo e, mesmo inelegível, diz ser 'plano A, B e C' para 2026
Sede da Câmara de Londrina será entregue dia 10 e vai receber posse, diz presidente
Deputados paranaenses confirmam emendas para o Teatro Municipal de Londrina
A possibilidade da implantação de um destacamento da Polícia Militar em Ortigueira só deve ser discutido a partir do ano que vem. "O governo estadual firmou compromisso de priorizar essa questão. O processo é burocrático. Vamos tentar recursos em âmbito federal para que o projeto saia do papel", pontuou Carneiro.